Do âmago

Há em mim vicissitudes

Impávida constância

arremetem-me à longitudes

Uma eloquente esperança

Voluptuosa poesia carmim

Voraz ímpeto indo além

Verte dos poros frenesí

Absorta a tantos desdéns

Vezes oculta no real cotidiano

Uma estrangeira, renegada

Burlando um mundo enfadonho

Mesmo na opressão, sitiada

Rasga-se o véu da crua rudeza

Submerge do âmago em sangria

Com ardor, confronta asperezas

Numa vil certeza, ventilada de poesia