‘N.A.: As "QUADRAS PERFILADAS" serão publicadas paulatinamente
e seguirão o mesmo entendimento das "TROVAS DO DIA",
meu projeto literário encerrado em 10/10/2020, sem o compromisso de datas fixadas. Maiores detalhes na quadra “ÊXTASES”, publicada em 18/06/2021.
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QUADRA PERFILADA (CXLIII)
 
IDA SEM VOLTA” 
mulher com mala na mão indo embora pela estrada rural 1423923 Foto de stock  no Vecteezy
É muito bom ter saudades,
De quem tanto nos conquistou,
Falta de felicidade,
De quem se foi e não voltou.
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HOMENAGEADA:
George Eliot
GEORGE ELIOT (1819/1880)

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UM DE SEUS PENSAMENTOS:
“A sorte da mulher depende do amor que aceita.”

SEU PERFIL BIOGRÁFICO:
George Eliot, pseudônimo de Mary Ann Evans, foi uma romancista autodidata britânica natural de Nuneaton, Inglaterra. Usava um nom de plume masculino para que seus trabalhos fossem levados a sério. À época, outras autoras publicavam trabalhos sob seus verdadeiros nomes, porém, Eliot queria escapar de estereótipos que ditavam que mulheres só escreviam romances leves. Outro fator que pode ter levado Eliot a usar um pseudônimo masculino era o desejo de preservar sua vida íntima, sobretudo seu relacionamento com George Henry Lewes, um homem casado, com quem viveu por mais de vinte anos. Estreou na literatura ao realizar as traduções de “A vida de Jesus” de David Strauss, e “A essência do cristianismo”, de Ludwig Feuerbach. Sob o pseudônimo George Eliot, foi autora de várias poesias, manuscritos e sete romances, sendo os mais famosos: “Adam Bede” (1859), “O moinho à beira do rio” (1860), “Silas Marner: o tecelão de Raveloe” (1861), e “Middlemarch: um estudo da vida provinciana” (1871-1872). Os temas mais recorrentes em seus romances são: a discussão em torno dos papéis de gênero e das regras de conduta moral próprios da sociedade vitoriana, o debate sobre a legitimidade das configurações familiares que fugiam ao modelo tradicional nuclear formado, especificamente, por pai, mãe e filhos, e a idealização da parentalidade como uma relação de não dominação, além da apresentação de personagens destoantes das regras morais tradicionais da sociedade inglesa do século XIX. Desenvolveu o método da análise psicológico característico da ficção moderna. Sua obra Brasil: Middlemarch: um estudo da vida provinciana / Portugal: A vida era assim em Middlemarch (1872) é considerada um dos maiores romances do século XIX. Desde muito cedo Mary Ann demonstrava curiosidade, inteligência e um apetite voraz para a leitura. Por não ser considerada fisicamente bonita, Mary Ann acreditava que não teria grandes chances de ter um bom casamento. Por conta de sua inteligência, seu pai investiu em sua educação, algo raro para as mulheres da época. Entre os cinco e os nove anos de idade, ela frequentou a escola para moças Miss Latham com sua irmã Chrissey, em Attleborough e dos nove aos 13 anos a escola Mrs. Wallington. Dos 13 aos 16 ela estudou na Miss Franklin, em Coventry. Depois dos 16 anos, Mary Ann não teve educação formal, mas graças à importância de seu pai, ela ganhou acesso à biblioteca de Arbury Hall, o que contribuiu e muito para seu aprendizado, quase todo ele de forma autodidata. Tanta leitura na biblioteca deixou marcas em sua escrita, como a influência da literatura grega clássica, como as tragédias. Visitar a rica residência da aristocracia a fez enxergar a diferença entre as classes sociais, que ganhou grande importância em seus escritos. Outra importante influência foi a religião, especialmente o conflito entre os anglicanos e os dissidentes ingleses que começavam a proliferar. Mary Ann conheceu o filósofo e crítico literário George Henry Lewes (1817–78) em 1851 e os dois decidiram morar juntos. George já era casado com Agnes Jervis na época, mas os dois tinham um relacionamento aberto. Além dos três filhos que teve com Agnes, ela também tinha outros quatro com Thornton Leigh Hunt. George concordou em ter seu nome nas certidões de nascimento dos filhos de Agnes com Thornton e ele foi acusado de cumplicidade para cometer adultério e, portanto, foi impedido de se divorciar legalmente de Agnes. Em julho de 1854, George e Mary Ann viajaram para Weimar e Berlim para fins de pesquisa. A viagem também serviu como lua de mel para o casal, que se considerava casado, sendo que Mary Ann se designava Mary Ann Evans Lewes, e chamava George de marido. Não era incomum para os casais da sociedade vitoriana de terem casos extraconjugais. Charles Bray, John Chapman, Friedrich Engels e Wilkie Collins todos tinham casos fora de seu casamento, mas eram muito mais discretos que George e Mary Ann. Foi a falta de discrição dos dois e o fato de publicamente se mostrarem juntos que criou as acusações de poligamia e gerou uma onda de desaprovação da sociedade inglesa sobre o casal. Em 16 de maio de 1880, Mary Ann causou polêmica mais uma vez ao se casar com John Cross, um homem vinte anos mais novo, e novamente mudando seu nome para Mary Anne Cross. O casamento legal agradou seu irmão Isaac, com quem tinha cortado relações quando ela começou seu relacionamento com George. Enquanto o casal estava em lua de mel em Veneza, John, acometido por uma depressão, saltou da varanda o hotel no Grande Canal da cidade, mas sobreviveu e o casal retornou para a Inglaterra. Eles mudaram para Chelsea, em Londres. Pouco depois de se mudarem para Chelsea, Mary Ann caiu de cama com uma infecção na garganta. Aliado a uma severa doença renal que a afligia havia vários anos, acabou levando-a à morte em 22 de dezembro de 1880, aos 61 anos. Mary Ann não foi sepultada na Abadia de Westminster por sua renúncia à fé cristã e por sua vida pessoal conturbada e poligâmica com George Lewes. Ela então foi sepultada no cemitério de Highgate, em Londres, em uma área reservada para dissidentes religiosos e agnósticos, ao lado de seu amado George. Os túmulos de Karl Marx e Herbert Spencer estão próximos ao seu. Em 1980, no centenário de sua morte, uma pedra memorial foi colocada em seu nome na Poets' Corner da Abadia de Westminster.
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Abraços
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Interações (meus agradecimentos):

22/03/2023 12:18 - Marcus Rios

Quando alguém que a gente 
Ama de verdade 
Parte e nos deixa 
Tudo que conquistamos 
Aos poucos vamos perdendo.  
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22/03/2023 16:17 - 
Luamor
Sinto que chegou o momento
De acabar esse tormento
Dar fim nesta saudade
E voltarmos a nos vermos 
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22/03/2023 23:06 - lumah
Na saudade vamos por fim
Não se deve sofrer em vão
quando duas almas afins
se querem com muita paixão.
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23/03/2023 18:06 - 
HLuna
A saudade é cinza escura,
tem a cor da amargura
que em meu peito ficou,
quando você me deixou. 
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24/03/2023 13:51 - Antônio Souza
Quando a ida é sem volta
Daquela que a gente amou
O coração chora se revolta
Com a saudade que ficou
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POETA OLAVO
Enviado por POETA OLAVO em 21/03/2023
Reeditado em 26/03/2023
Código do texto: T7745836
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