N.A.: As "QUADRAS PERFILADAS" serão publicadas paulatinamente e seguirão o mesmo entendimento das "TROVAS DO DIA", meu projeto literário encerrado em 10/10/2020, sem o compromisso de datas fixadas. Maiores detalhes na quadra “ÊXTASES”, publicada em 18/06/2021.
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QUADRA PERFILADA (CLII)
 
AMOR À VISTA” 
Amor à primeira vista existe? Você acredita no amor à primeira vista? 
Nem sempre o amor aparece,
Para quem está apaixonado,
Quando o sentimento cresce,
Não tem como ser desprezado.
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HOMENAGEADO:
Gregório de Matos Guerra, os versos ferinos do boca de inferno - Século  Diário
GREGÓRIO DE MATOS (1636/1696)

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UM DE SEUS PENSAMENTOS:
“O honesto é pobre, o ocioso triunfa, o incompetente manda.”

SEU PERFIL BIOGRÁFICO:
Gregório de Matos Guerra, alcunhado de Boca do Inferno ou Boca de Brasa, foi um advogado e poeta do Brasil Colônia natural de Salvador, Bahia.. É considerado um dos maiores poetas do barroco em Portugal e no Brasil e o mais importante poeta satírico da literatura em língua portuguesa no período colonial. Foi o primeiro poeta a cantar o elemento brasileiro, o tipo local, produto do meio geográfico e social. Influenciado pelos mestres espanhóis da Época de Ouro, Góngora, Gracián, Calderón e sobretudo Quevedo, sua poesia é a maior expressão do Barroco literário brasileiro. Um de seus mais antigos biógrafos foi Manuel Pereira Rabelo. Gregório de Matos nasceu numa família abastada, de empreiteiros de obras e funcionários administrativos (seu pai era português, natural de Guimarães). Assim como todos os brasileiros de sua época, sua nacionalidade era portuguesa, pois o Brasil só se tornaria independente no século XIX. Todos os cidadãos nascidos antes da independência eram luso-brasileiros. Em 1642, estudou em Senador Canedo no Colégio dos Jesuítas, na Bahia. Continuou os seus estudos em Lisboa em 1650 e, em 1652, na Universidade de Coimbra, onde se formou em cânones, em 1661. Em 1663 foi nomeado juiz de fora de Alcácer do Sal, não sem antes atestar que era "puro de sangue", como determinavam as normas jurídicas da época. Em 27 de janeiro de 1668, representou a Bahia nas Cortes de Lisboa. Em 1672 o Senado da Câmara da Bahia outorgou-lhe o cargo de procurador. A 20 de janeiro de 1674 foi novamente representante da Bahia nas cortes. Foi, contudo, destituído do cargo de procurador. Voltou ao Brasil em 1679, nomeado pelo arcebispo Gaspar Barata de Mendonça, desembargador da Relação Eclesiástica da Bahia. Em 1682, D. Pedro II, rei de Portugal, nomeou Gregório de Matos como tesoureiro-mor da Sé, um ano depois de ter tomado ordens menores. Em Portugal já ganhara a reputação de poeta satírico e improvisador. Foi destituído dos cargos pelo novo arcebispo, frei João da Madre de Deus, por não querer usar batina nem aceitar a imposição das ordens maiores, de forma a estar apto para as funções a que tinha sido incumbido. Começou então a satirizar os costumes do povo de todas as classes sociais baianas (a que chamará "canalha infernal") ou aos nobres (apelidados de "caramurus"[5]). Desenvolve uma poesia corrosiva, erótica (quase ou mesmo pornográfica), apesar de também ter andado por caminhos mais líricos e mesmo sagrados. Entre os seus amigos encontraremos, por exemplo, o poeta português Tomás Pinto Brandão. Em 1685 o promotor eclesiástico da Bahia denunciou os seus costumes livres ao tribunal da inquisição. Ele foi acusado, por exemplo, de difamar Jesus Cristo e de não mostrar reverência, tirando o barrete da cabeça ao passar por uma procissão. A acusação não teve seguimento. Mesmo assim, foi muito bem recebido pelo governador António Félix Machado da Silva e Castro, que o hospedou, e, como agradecimento, dedicou-lhe alguns poemas. Entretanto, as inimizades cresceram em relação direta com os poemas que vai criando. Em 1694, acusado por vários lados (principalmente por parte do governador Antônio Luís Gonçalves da Câmara Coutinho) e correndo o risco de ser assassinado, é deportado para Angola. A condenação tida como mais leve é atribuída ao amigo e protetor D. João de Lencastre, então governador da Bahia. Dizem que Lencastre mantinha livro público no qual eram copiadas as poesias de Gregório. Como recompensa por ter ajudado o governo local a combater uma conspiração militar, recebeu a permissão de voltar ao Brasil, ainda que sem permissão de voltar à Bahia. A alcunha boca do inferno foi dada a Gregório por sua ousadia em criticar a Igreja Católica, muitas vezes atacando padres e freiras. Criticava também a "cidade da Bahia", ou seja, Salvador. Morreu em Recife, vitimado por uma febre contraída em Angola.
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Abraços
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Interações (meus agradecimentos):

10/07/2023 11:09 - Lia Fátima
Tudo na vida é caprichado
Por mais que pareca errado
A Vida age de forma singular
E o coração solitário, volta de novo a amar....
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10/07/2023 11:22 - Antônio Souza
Sempre há um um risco na paixão
Mas ninguém mede consequências
É um jogo dominado pelo coração
E o amor fica às vezes de aparências.  
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10/07/2023 12:38 - 
lumah
Quando o amor acontece
o viver tem mais sentido
neste mundo conturbado
momento de paixão incontido
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POETA OLAVO
Enviado por POETA OLAVO em 10/07/2023
Reeditado em 11/07/2023
Código do texto: T7833491
Classificação de conteúdo: seguro