Labirinto

A noite desceu escura e ameaçadora, terrível com a tempestade em fúria, relâmpagos rasgavam o céu numa apoteose sem limite.

Na cabana que balançava com os ventos, sentado na sua cadeira gasta e quebrada

Dorival Andrade olhava com olhos saltando das órbitas, assustado com a tormenta inesperada. O cigarro como amigo inseparável soltava as '' baforadas' no vazio do espaço... O assoalho rangia e gritava com passos lentos de um obeso ...

Desleixado com a vida..

Mas atmosfera densa do tabaco gritava e de repente um raio cai na soleira da porta.

Um grito de aí!!!! Salta de sua boca eletrificada em chamada, cai todo chamuscado. Um visgo sai de sua boca verde...

O coração começa a parar lentamente na agonia que se estampa na face cadavérica.

Um corpo apenas.. opaco e gelado.

Ali estendido no meio da sala, sem vida ou sonhos.

Sua pobre vida sem nada ,apenas no labirinto do caos que se manifestou na forma mais bruta. Seres noturno edificam sua novas moradas naquele corpo. Toda uma fauna do além vida presente na força que avança dos fortes sobre os fracos.

Seria notícia do obituário da semana seguinte.

Quem sabe um filósofo sem causa ou motivo preso nas ilusões de si mesmo.

Afinal a vida passa como uma noite na eternidade.

Valdecir Rezende de Souza
Enviado por Valdecir Rezende de Souza em 17/05/2023
Código do texto: T7790586
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