R I T U A L

 

 

O luxuoso e amplo ambiente estava em completa meia luz, uma música suave se ouvia e dezenas de pessoas formavam uma espécie de platéia. No centro uma enorme banheira repleta de flores plásticas portando velas acesas que boiavam e se movimentavam lentamente. Na parte central da mesma existia uma divisão que separava da outra onde estavam as flores com as velas, ali uma jovem mulher se banhava, estava semi nua, vestes cobriam apenas suas partes íntimas. A música mudou, passou a ser mais ritmada, surgiram mulheres dançarinas que iniciaram movimentos sensuais e circulavam a banheira. Algumas jogavam perfumes na água onde a personagem central se banhava. Em seguida a enorme porta do recinto era aberta ao som de um clarim e um jovem homem adentrou. Ele, de bela aparência, vestindo apenas uma sunga, levado por duas belas jovens senhoras, parou diante da banheira. A música também havia parado quando de sua entrada. A um novo toque do clarim a música suave recomeça e as dançarinas se retiram. Ele, então, adentra a banheira e se junta a jovem que lá estava. Ambos se fitam por alguns minutos e se beijam longamente. Entram alguns integrantes de uma seita e se posicionam diante deles iniciando um ritual estranho com palavras desconhecidas. Após alguns minutos o casal deixa a banheira e recebe cada um deles um roupão para se agasalharem. A platéia aplaude e eles agradecem com acenos. Está terminada a encenação de um casamento.

 

Moacir Rodrigues
Enviado por Moacir Rodrigues em 27/06/2023
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