O outro não é uma METADE, é um INTEIRO.

Já fui só estando acompanhada. Hoje, aprendi a viver essa forma de individualização; reconhecer meus desejos, vontades, valores, virtudes e o mais importante o permitir-se. Entendo , que tudo que acontece na nossa vida afetiva é pura e simplesmente o que nos permitimos, seja por controle excessivo ou ausência excessiva do companheiro(a). Participar do mundo, sair sozinha (shopping, jantar, pedir um café, etc...).enfim , estar comigo mesma, reconhecer minha verdade, minha singela e pura conquista: AMAR PRIMEIRAMENTE Á MIM é de grande valia.

Não é o bastar-se, isso é muito vago e ilusório, precisamos do outro! É bem maior, é reconhecer o espaço interno da alma e não imaginar-se como um número no espaço físico habitado por todos os seres humanos racionais e irracionais.

Portanto sinto-me verdadeiramente preparada, pois não sou uma metade de alguém, primeiramente sou por inteiro e existo independente de metades; o amor que tenho pertence á mim, eu escolherei com quem vou trocar, mas consigo também viver com ele em reservas caso não ache quem o mereça, transformando isso em prazer pelo existir e o viver!

Respeito o agir, pensar e a essência do ser humano. Não posso fazer com que outra pessoa me ame, só posso fazer a escolha de quem receberá esse amor e dar bons motivos para que goste de mim, me valorizando, respeitando e tendo atitudes!

Quem não tem amor próprio não pode amar á outra pessoa, pois certamente não achou ainda sua verdadeira essência. Finalizo ainda, dizendo que: O amor, embora pertencendo á cada um , á partir do momento do compromisso da troca deve ser pluralista, jamais egoísta e sobretudo verdadeiro!

Nunca devemos confundir desejo com amor, podem estar juntos; mas o desejo sozinho é altamente passivo de morte súbita; diante das dificuldades, das franquezas e é permissivo de troca, por ser banal, por ser apenas carnal. O amor, quando entregue á desilusão diversa, á falta de cumplicidade, á indiferença, á ausência, á mesmice ou mesmo a desistência da conquista diária, aí sim sofrerá de morte natural, pelo permitir de uma das partes, ou por desinteresse das duas.

Portanto, pense nisso; o OUTRO não é uma METADE e sim um INTEIRO!

Lu Zerbato
Enviado por Lu Zerbato em 18/07/2008
Reeditado em 09/09/2008
Código do texto: T1086616
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