Jovens, Trabalho e o Mundo.
Ter uma profissão é ter um novo modo de vida de caráter permanente, voltado à sociedade. É concebível que um jovem inexperiente opte pelo curso errado, porém não se trata apenas de falta de experiência advinda da juventude; as razões para este constante equívoco entre os jovens são mais complexas.
O que almeja um jovem aluno do Ensino Médio, ao escolher uma profissão? Para os abastados, estatus e retorno financeiro seriam os melhores critérios. Já para os que não gozam de mesma situação, restam os cursos marginalizados pela sociedade. A escolha, para a maioria dos jovens brasileiros, não proporciona as condições básicas para formar um profissional competitivo em um sistema sempre insatisfeito. Ao jovem mundializado não basta apenas o diploma, sempre haverá algo a mais para ser acrescentado.
A escolha errada do curso é uma constante entre os jovens, independente da origem social. Conciliar satisfação pessoal, reconhecimento e um bom salário não são fácil tarefa, especialmente quando se é artista. Van Gogh era um exímio pintor expressionista e morreu na miséria, enquanto Picasso – entre a elite francesa – vendia por um milhão seus quadros. Certas profissões, por trazerem estabilidade e serem “o sonho da minha mãe” tornam decisiva a escolha dos jovens, tolindo suas verdadeiras habilidades.
O que resta ao jovem de hoje? Ter a consciência de que qualquer profissão pode lhe trazer retorno, se ele a fizer com vocação e procurar ser o melhor. Afinal, é inviável fugir as regras do sistema e ser mais um profissional frustrado.