PALESTINA, ISRAEL E O ANO NOVO

No Brasil o clima de ano novo é de festa. Shows pirotécnicos, artísticos combinados com o brinde de Champanhe, lentilha, roupas brancas etc. Tudo para dar sorte no 2009. Para a grande maioria da população tudo parece seguir a normalidade. Os bombardeios de Israel aos palestinianos se assemelham a mais algumas daquelas cenas de guerra produzidas em Holywood e que já não choca mais ninguém. Infelizmente, na Palestina o conflito tem “carne e osso”, logo, não há o que comemorar. Tem sido desproporcional o poderio militar entre as partes e como conseqüência milhares de Palestinianos inocentes são barbaramente assassinados.

As autoridades competentes de diversos países, historicamente, buscam inutilmente por fim a este conflito/guerra desmedida, desigual. Não é novidade para ninguém o fato de Israel ser uma grande potência militar a nível regional e mundial e, para piorar ou melhorar – depende de onde se olha – esta nação tem o apoio econômico, político e diplomático dos Estados Unidos. Dada a imensa desigualdade de forças é praticamente impossível a negociação autêntica entre Israel e Palestina. Desde modo, continuaremos a ver pessoas inocentes serem mortas na fila do banco, num ponto de ônibus, durante um almoço, um banho etc. O que salta os olhos, de qualquer observador atento, é que enquanto este holocausto acontece muitos estão presos em seu mundo particular, nada parece estar acontecendo. O massacre é real e muito pouco se tem feito para impedi-lo.

Certamente para melhor compreendermos o que se passa atualmente na Palestina o resgate histórico é fundamental. Isto demandaria maior tempo e um maior espaço. Em todo caso, a Palestina é a terra (que corre leite e mel) prometida por Deus aos judeus que saíram do Egito e estes caminharam quarenta anos em busca destas terras. No entanto, desde a criação do Estado de Israel em 1948, com o aval dos EUA, muitos acordos foram firmados para buscar a paz: em 1967, 1973, [...] Mas, o que se experiência são tentativas frustradas, o terror da violência, o derramamento de sangue inocente, as lágrimas em meio ao caos. Logo, todos estes pactos tornaram-se letra morta.

Os palestinianos, (autóctones da Palestina), não invadiram a terra de ninguém, não colonizaram ninguém. Tudo o que querem é se libertarem da ocupação e da opressão. Porque não se põem fim a este conflito/guerra? Qual o interesse dos EUA promoverem a rivalidade entre árabes e judeus? Qual a ligação deste conflito com a crise sistêmica do capital de 2008? Porque os veículos de informação no melhor das hipóteses apontam as duas partes envolvidas no conflito/guerra como se estivessem em pé de igualdade? Estas são algumas das indagações, que apesar de incomodarem, são fundamentais para quem busca verdadeiramente construir a paz.

É preciso que se proclame que a guerra entre Israel e a Palestina é injusta. É abissal a desproporção entre as forças militares a cada uma das partes. Israel sabe bem disso e, se impõem ao povo palestiniano. A humilhação é o que mais fere o povo palestiniano que bravamente resiste como um “Davi” perante o gigante “Golias”. É lamentável, aviltante, ultrajante tudo isto que está a acontecer em pleno século XXI, diante dos tão badalados direitos humanos.

Estatísticas apontam a Faixa de Gaza como um dos territórios do mundo com maior densidade demográfica. Quantos palestinianos precisarão ainda morrer para que a humanidade compreenda que a vida é o dom mais precioso que temos? Que no dia internacional da Paz e em todos os que se seguirão, possamos nos solidarizar com todos os israelenses e palestinianos que bravamente lutam, protestam para que esta guerra/conflito inescrupuloso termine.

SolguaraSol
Enviado por SolguaraSol em 31/12/2008
Código do texto: T1361088