Pão e Circo?

O exercício dos direitos civis, previsto pela Cosntituição Federal, além de promover, garantem a cidadania, porque não falseam a realidade e - o mais óbvio - configuram ao indivíduo o status de cidadão.

Uma das maneiras de encobrir a verdade da realidade em âmbito social - que no Brasil é desumana - é fornecer às populações carentes programas de assistência pública. Essa "técnica", que visa desviar o olhar sobre o real problema, remonta a tempos antigos. Esse tipo de argumento passou a história através da célebre frase: "pão e circo", do senador e filósofo romano Cícero. Além de desumana essa prática é criminosa e imoral, porque, aquele que a pratica, o faz sobre a desgraça de outrem. E, este "ajudado", por não ter cosnciência do que realmente está acontecendo por debaixo do emaranhado de situações e discursos, morre defendendo aquele que o está matando.

Quando os direitos civis são assegurados a todos os membros de uma nação de modo igualitário, conservando as devidas proporções, esses indivíduos são elevados a categoria de cidadãos, ou seja, homens da cidadade. Tal elevação implica no esvaziar das individualidades isoladas dentro de uma cidade, fato esse que cria sub-grupos humanos. Ao passo, qua aquilo acontece, se cria um senso de pertença a uma mesma comunidade humana que co-divide um mesmo espaço físico e uma mesma responsabilidade em face daqueles que lhe são alteridades. Contudo, isso só se tornará real quando aqueles que exercem o poder instituído o fizerem de acordo com o regime político vigente desta nação, isto é, governar com e para o povo.

Tal processo de cidadania e de "cidadanização" das consciências é dialético e, por ser dessa natureza, é longo e penoso. Porém , não é impossível de se efetivar na história. Pois que, como dizia Confúcio, sábio oriental, "uma longa jornada se inicia com o primeiro passo". Portanto, não só "pão" e não só "circo", mas também e, sobretudo, educação, saúde, lazer, diversão, segurança, liberdade, enfim, humanização.