Vencer ou ser vencido

A concepção moderna de vencer na vida está relacionada ao acúmulo de riquezas e o quanto de tempo tem-se dedicado para obtê-las. Hoje, o ser humano não trabalha para viver, ao contrário, vive para trabalhar, certo de que o dinheiro já não é um meio, mas o fim perseguido.

Por conseguinte, o sentido da existência humana vai se “coisificando” até não mais haver sentido. Como o filósofo Oscar Wilde afirma:“Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe.”

Quando criança a existência é um campo aberto, todos os caminhos são possíveis e a diversidade humana é vivida com total naturalidade. A espontaneidade da criança contrasta com as dificuldades do adulto para assumir sua própria existência e, às vezes, a dos outros.

Vivem-se momentos dramáticos, é como se estivéssemos representando a vida através de uma tragédia grega, quando um ser humano que luta sem descanso para ser livre, diante de uma ordem do mundo que não consegue entender nem controlar.

Portanto, ainda a tempo de redescobrirmos o que realmente somos para além do que possuímos. Não somos nossas riquezas ou títulos, uma vez que posso perder tudo sem deixar de ser eu, o que realmente seria uma vitória.