Encontro dos seres.

Na descoberta de quem sou, começo a perceber o outro, pois é através dele que contraponho diferenças, então passo a existir. Me reconheço no outro e procuro experimentá-lo quando não.

Os sentidos buscam a essência, através da fragrância, temperatura, timbre, sabor. Diversas formas do descobrimento do ser, que busca cumplicidade e entre todos esses, o mais prazeroso é o beijo.

Visto como o detonador da “substância do amor”, despertando desejos, como a paixão, pensava Descartes que “a paixão era um estado do corpo que interferia na atividade da razão”. Por isso, é capaz de se impor a vontade.

Desta forma, como pode, ato que fora tão importante, quando fez um personagem bíblico ser reconhecido como traidor, ser feito de modo desinteressado, no modismo de beijar por beijar, embalado na noite por temas de músicas.

Muitas vezes não nos damos conta de que certos comportamentos nos reduzem a meros objetos. Fazem com que a necessidade de compartilhar algo com alguém venha ser interrompida pelo descaso, deixando de estabelecer vínculos, afirma Hegel: “Nada de grande se fez no mundo sem paixão”.