Porta e janelas...

Estava eu sentado no banco de uma praça, não sabendo bem onde estava, mas o lugar me parecia bem familiar. Pensando na vida. Pensando nos problemas que ligeiramente vinham a minha cabeça. Ao avistar algo parecido com uma casa, com janelas e portas velhas e quebradas. As flores do jardim já murchas. Até que algo me desperta curiosidade, um tronco de árvore cortada no meio do jardim, me relembra algo. Agora já tinha a certeza de ter passado em tal lugar antes.

Levanto-me. Algo me prende aquela casa. Vou a direção à porta, onde já aberta dou de cara com uma mesa de madeira bem velha. Olho os mínimos detalhes daquele lugar e já me sinto bem melhor. Já não tenho pensamentos, minha cabeça está vazia, só ouço vozes de crianças.

Chama-me atenção a uma sala escura, já sem cor e um armário enferrujado. Vou a direção à janela. Eu abro, e tudo se ilumina, o chão brilha com o reflexo do sol.

De repente me vejo sentado em uma cadeira desenhando um sol e vários pássaros. A professora a gritar na sala, e todo aquele barulho de crianças gritando e correndo. Tudo me vêem a memória agora, toda aquela alegria e disposição. Uma vida sem problemas, sem pensamentos, só a felicidade.

E como um flash, me pego falando sozinho naquela sala escura, sem cor, sem esperança, apenas só mais um, naquela sala sem portas e sem janelas.

Carolaine
Enviado por Carolaine em 09/05/2006
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