Machado de Assis

Ver, antever e por fim concluir.

Ler as obras do grande Machado de Assis, é penetrar dentro de si mesmo, é estar diante de um espelho e enxergar com maior nitidez ações humanas, escuras distorcidas diante da visão deslocada que têm parte da sociedade humana.

Ao folhear as paginas das obras de Machado de Assis, logo é possível montar um quebra-cabeça criado por ele mesmo, pintado com as cores que inventou.

Isso me fez lembrar de uma simples, mas reveladora historia...

... Certo pai muito ocupado é interrompido por pedidos de atenção de seu filho.

O pai então resolve entreter o filho, lhe dando um enorme quebra-cabeça com a figura do planeta Terra. Logo pensou: Pronto terei sossego!

Mas em questões de minutos o filho interrompe novamente o pai e com um largo sorriso de menino travesso diz:

- Pai está aqui, montei!!!

Surpreso o pai pergunta:

- Como meu filho?

- Simples pai, o verso do quebra-cabeça é a figura do corpo de um homem, assim foi muito fácil.

Ou seja, pra montar um mundo puro é preciso consertar o homem, ou não?

Essa história não pertence ao Machado de Assis, mas é eficaz pra definir a intensidade de suas obras.

É impressionante como suas digressões e outros recursos, revela 1ºa natureza do homem fraco que diante de seus anseios lança eternas dúvidas. 2ºAs metas não atingidas de um homem que tinha tudo, mas por fim terminou sem nada a não ser frustrações e lamentos.

3ºO medo da velhice que aproxima e logo derruba aqueles que tentam acompanha-la.

Ao ler essas obras prima o leitor fiel ao Machado de Assis, não exagera em afirmar: 4ºandar no infinito e acabar na eternidade. E assim embarca desejoso á próxima obra, sem esquecer, 5º matamos o tempo, mas ele que nos enterra.

Nota

Achei audácia de minha parte tentar explicar a grande obra de Machado de Assis. Aliás, ele é um gênio, auto de data, 1º Presidente da Academia de Letras Brasileira, entre outros inquestionáveis méritos.

Por isso quero esclarecer que meu objetivo não é explicar Machado de Assis, apenas tento mencionar sua importância na literatura, à grandeza de suas obras.

O Menino do morro amou fielmente Carolina e provou ao mundo que o homem é capaz de encontrar a verdadeira razão, a complexidade infinita da alma humana, através da analise.

Obs.: 1º Referencia á Bentinho, personagem principal do Livro; Dom Casmurro.

2º Referencia á Brás Cubas, personagem principal do Livro, Memórias Póstumas de Brás Cubas.

3º Referencia ao conselheiro Aires, personagem principal do Livro, Memorial de Aires.

4º Referencia ao pensamento do personagem de Brás Cubas.

5º Referencia ao pensamento do personagem Conselheiro Aires.

Jane Krist