Assumir a gestão de trânsito é assumir sua efetiva operação
A gestão de trânsito é responsabilidade dos órgãos públicos. Ela consiste na administração do trânsito em seu planejamento, operação e fiscalização. As ações que envolvem a operação de tráfego devem ser planejadas e coordenadas para que sejam eficazes.
Na prática, projetos de trânsito envolvem engenharia, economia e a sociedade em geral. Por isso, antes de qualquer mudança ou ação, deve-se avaliar a dimensão da área a ser afetada, para verificar se a intervenção é necessária e o que vai gerar positivamente durante e depois de feita. O órgão gestor de trânsito do local, ao autorizar a realização da obra ou evento, deve avaliar e selecionar os recursos humanos e materiais necessários para atingir a meta, que deve estar sempre de acordo com a segurança e fluidez do trânsito de bens e pessoas, favorecendo sempre que possível o transporte público ou de massa, descentralizando o uso das vias.
Deve ser planejado todo um sistema operacional, coordenado por uma Central, que deve fornecer os ítens de operação de tráfego, tais como:
- sinalização horizontal, vertical e semafórica;
- fiscalização rotineira com radares móveis ou com agentes;
- comunicação com todos os envolvidos e atingidos na área;
- fornecimento de rotas alternativas aos transeuntes, quando necessário;
- soluções para situações emergenciais.
O trânsito, por ser dinâmico, necessita de uma operação que acompanhe e solucione ou minimize seus problemas como o crescimento das cidades, da população e da frota de veículos, fatores que propiciam congestionamentos, acidentes, danos nas vias, poluição (atmosférica, sonora e visual), etc. Para a efetiva operação de trânsito, é necessária a integração entre órgãos que cuidem de toda a cidade, e não só dos de trânsito, porque a qualidade do trânsito é fator determinante na qualidade de vida da população, pois afeta na educação, saúde, economia e desenvolvimento da cidade.
Mesmo que medidas para a melhoria no trânsito sejam tomadas e consigam atingir seu objetivo de curto, médio ou longo prazo, deve-se sempre tentar a melhoria de ações, visando o aumento de benefícios e diminuição de custos de operação e impactos ambientais. No mínimo devem ser feitas manutenções nas vias e na sinalização para se evitar o crescimento de problemas. A fiscalização deve ser rotineira e a operação deve acompanhar e controlar a dinâmica do trânsito, visto que a gestão de tráfego deve se adequar à cidade e às suas necessidades para que se tenha um trânsito cada vez mais eficaz, moderno, econômico e ecologicamente correto.