São Paulo (2)

São Paulo (2)

Hoje estou adorando a cidade onde vivo.

Onde mais, nesse país, existe cultura transbordante e barata?

Mais que barata, gratuita?

Os paulistanos ficam chiques com roupas de frio e saem para encontrarem-se na Av. Paulista, tomar um bom café, ver uma exposição e assistir uma peça.

Tudo isso pelo preço do café. Onde?

Na belíssima Av. Paulista, onde tudo acontece.

Amo a cidade de São Paulo.

Pelos seus museus, seus teatros, cinemas, salas de música e galerias de arte.

Pelas suas esculturas, parques, praças e prédios antigos.

A história à mostra em cada rua do centro.

O moderno e o antigo se misturam e se confundem.

O crescimento sem projeto a transformou numa cidade única, incomparável.

Quando caminho ao lado do MASP vejo de um lado, o TRIANON, e pra quem não sabe, ou lembra, esse espaço conserva um pequeno pedaço da Mata Atlântica; do outro lado, Av. Nove de julho, onde moro, arborizada e o túnel com seus chafarizes. Que obra maravilhosa!

É de uma beleza ímpar.

Quem nunca foi à feira de antiguidades no vão do MASP num domingo de manhã, precisa ir.

Lá se vê pessoas de muitas origens diferentes entre turistas e moradores. Sim, em São Paulo todos convivem pacificamente e se misturam num caldeirão de culturas que resulta num “caldo” e quem dele beber enriquecerá seus conhecimentos.

Domingo todos encontrarão os hippies remanescentes daquela década conturbada; chineses fazendo yakissoba na calçada; baiana: acarajé e tapioca; cearense pintor, cantor, compositor; mais chineses vendendo pastel. Os italianos estão em seus restaurantes mega caros no Bixiga, vendendo um prato de macarrão a preço de ouro e o pior é que tem fila de espera na porta. Os japoneses, com seus pratos pra lá de especiais ficam na Liberdade, onde também acontece uma feira de artesanato agitadíssima!

Aqui tudo é possível, tudo tem espaço, público e aceitação.

Dizem os poetas que os paulistanos são solitários e em suas poesias abordam o tema com tristeza, como se nós não nos sentíssemos confortáveis com isso.

Afinal, quem é solitário numa cidade borbulhante dessas?

Vá à Paulista, na Casa das Rosas; no Itaú Cultural; SESI-FIESP e no SESC suba até a Comedoria, aos sábados à tarde você será cúmplice do mais belo entardecer da cidade. É uma vista encantadora.

Não deixe de visitar, na Luz, a Pinacoteca e o Museu da Língua Portuguesa, nunca esquecendo da Sala São Paulo.

Não quero ser um guia, mas simplesmente uma paulistana que ama São Paulo.

Dalva Marisi Gallo
Enviado por Dalva Marisi Gallo em 13/07/2009
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