Até o limite da ética

A frase “o meu direito termina onde começa o do próximo” é bastante conhecida, porém, poucos entendem a carga ética que está contida nela. Afinal, qual a influência da ética em nossas vidas? Políticos, governantes e profissionais de diversas áreas empregam o termo “ética” nos seus discursos (muitas vezes sem saber o seu real significado), a fim de impressionar os ouvintes. E na prática, será que eles agem de acordo com os valores que pregam?

Todo ser humano tem que adotar determinado tipo de conduta diante do mundo e da sociedade em que vive, aprendendo a ter seus próprios valores, segundo o que lhe é ensinado. Então, admitimos que a ética é um conjunto de normas e leis que regem o nosso comportamento e possibilitam a manutenção das relações interpessoais; quem não age de acordo com esses valores é considerado antiético.

Não nos ensinam que a postura ética depende das escolhas humanas, do ponto de vista que o ser humano assume diante de si e da sociedade. Talvez esse seja o grande erro. Por exemplo, a população brasileira vive indignada com escândalos de corrupção, mas sempre tenta encontrar um “jeitinho” para burlar regras ou escapar de obrigações. Infelizmente, esse jeitinho brasileiro já é um hábito, praticamente uma instituição moral. Enganamos a nós mesmos, pois essas atitudes que julgamos inocentes apenas revelam cumplicidade com a falta de ética dos nossos políticos.

É por isso que devemos repensar nossos conceitos, avaliando se ações condizem com idéias. Nem sempre os fins justificam os meios.

Joyce Amorim
Enviado por Joyce Amorim em 06/06/2006
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