Dia de COPA

As buzinas e cornetas anunciam o esperado dia da estréia, as cortinas do espetáculo são as camisas verde-amarelo e as cidades brasileiras o cenário. Antes do jogo, engarrafamentos por causa da euforia em chegar a tempo para aquele churrasquinho na casa dos amigos ou da família. Depois do aperto, chegou a hora tão esperada de ver cada detalhe da Seleção, desde a entrada dos jogadores e não perder nenhum lance da partida. O time cinco estrelas entra, silêncio nas ruas, concentração total na hora do hino, que emociona, mesmo a maioria dos brasileiros não sabendo cantar a letra.

E há quem não goste de futebol neste país, é verdade, mas não quem não goste desta reunião gostosa e do espírito de se sentir parte da pátria amada Brasil. Todos dão pelo menos aquela olhadinha na tela para saber o que está acontecendo e ainda que só tenha saído um golzinho, vale toda a comemoração e um suspiro coletivo de alívio. Todos levam um sorriso dos pontos ganhos e a esperança de mais um título para este povo que tanto pena, mas não deixa de ter suas alegrias.

O brasileiro vibra com os seus heróis, que não fazem guerras e mostram que é no esporte que podemos lutar e mesmo os que perdem são honrados e levam o sabor de uma partida disputada. No campo, se derrama o suor e não o sangue de batalhas estúpidas ou terrorismos por divergências de religião, poder, território ou energia.

Erga Brasil e mostre que o progresso está na sua gente e a ordem do dia é vibrar, é ter o orgulho de erguer a bandeira verde, amarela, azul e branca sem o vermelho do sangue das guerras. Se orgulha da sua natureza, ainda que muito já se tenha destruído de suas matas, mas que fique o verde da esperança e o amarelo sol da alegria do seu povo que vibra a vida.

Brenda Marques Pena
Enviado por Brenda Marques Pena em 14/06/2006
Reeditado em 14/06/2006
Código do texto: T175117