"Tio chico"enviuvou antes de se casar e fez um juramento...

COMENTÁRIO sobre o título acima ( texto escrito por Lourenço de Oliveira)

Seu texto me fez refletir e sentir imensa saudade do seu Tio Chico Camilo.Tive o privilégio de o conhecer pessoalmente.Embora não mantivessemos aquela amizade desejavel,pois ele morava longe e poucas vezes vinha até a cidade,os poucos encontros que tivemos foram suficientes para perceber quão enormes eram as suas qualidades.Quando o conheci já o defini como sendo um solitário e quase eremita.

Homem de pouco falar e de muito ouvir,como convém a todo sábio.Vóz mansa e pausada quando respondia ou emitia seus conceitos ou ainda atendia a pedidos de conselhos.Lia muito para os padrões da época e do meio em que vivia.Era um ser humano de invejáveis qualidades.Como profissional exercia com quase perfeição multiplas atividades como já as enumerou no seu texto.Além daquelas que mencionou,era ainda eximio restaurador e consertador de máquinas de costura e,principalmente,de armas de fogo que,em sua maioria eram espingardas e poucas garruchas e alguns revólveres.Gostava também de musica e lia até autores em francês.Mas não sei até onde ia seu conhecimento da lingua francesa.Tudo isto fazia dele uma pessoa e ser humano diferenciado.Sobre as cruzes de cimento feitas por ele e que você mencionou,já as conhecia mas não sabia dos motivos que o levaram a fazê-las.Suas deduções a respeito dos motivos que o levaram a fazê-las e as colocar nas sepulturas daqueles aos quais muito amou,me parecem incontestes.Lendo o seu texto entendi

porque ele permaneceu toda a vida solteiro.Que pena que já se foi do nosso convívio! Nosso desejo um tanto egoistico mas compreensivel era que tais pessoas nunca pudessem morrer.Enfim,todos nascemos,vivemos e morremos,seguindo as leis imutáveis da natureza.Que Deus o tenha na sua glória.

Narciso

Narciso de Oliveira
Enviado por Narciso de Oliveira em 26/06/2006
Reeditado em 16/08/2010
Código do texto: T182584