A adolescência nos avós e a adolescência atual: Inocência antes crime agora.

Nos últimos anos tem se visto muito na televisão e outras mídias relatos de abusos, tidos como crime, de homens adultos contra crianças e adolescentes. O que atualmente é visto como crime, nas gerações passadas era tido como algo natural, ou seja, senhores casarem com moças de quatorze, quinze anos era comum e rotineiro. Então, o que mudou para que algo que era normal tornar-se crime em tão poucas gerações?

Em primeiro lugar, a criação do Estatuto da Criança e do Adolescente, que não é interesse abordá-lo aqui, pois a mudança maior foi no psicológico das gerações. Nas gerações passadas uma adolescente se entregava a um adulto levando em consideração diversos fatores: o amor desta pelo amado, a parceria da família na organização do casamento, o NÃO “culto ao físico”, tão pregado pela mídia atual, e acima de tudo a valorização das vidas que viriam com o envolvimento do casal.

Nas gerações atuais tornou-se lei “O não envolvimento sexual de adultos com menores”, o que é correto, tendo em vista uma mudança radical no mundo e na mente destes jovens. O mundo exige do jovem preparação nos estudos para a garantia de uma vida tranqüila no futuro. O mundo exige ainda destes, através da mídia, o “Culto ao físico” e o mesmo mundo não autoriza o aborto.

Deduza-se daí, que um adulto, envolvendo-se com qualquer menor, poderá ser o impulsionador de vários problemas psicológicos a uma mente que ainda não amadureceu por completo. Por mínimo que seja este envolvimento, o adolescente será prejudicado nos estudos e se houver gravidez, a depressão será bem maior, pois hoje a mídia cultua o corpo a toda hora, e uma gravidez, durante e pós-parto, não se encaixa nestes padrões de moda.

Juntando estes e outros problemas psicológicos, o adolescente poderá tornar-se até um criminoso ou vítima fatal deste envolvimento proibido por lei. Criminoso porque grávida, a adolescente, terá grande probabilidade de abortar, vítima porque estará sujeita, além dos problemas psicológicos, a doenças sexualmente transmissíveis.

Portanto, está claro que a lei tem que ser rigorosa, não aceitando em hipótese alguma tal relação Menor/Maior. As gerações mudaram: gestos de amor de uma, virou doença e crime em outra e a única solução apontada é o rigor da lei seguido de muitas conscientizações aos menores, tratamento aos maiores que querem e punições aos que ousar.

POR ISAAC SABINO