Quando a vida nos dá uma rasteira...

Todos nós sabemos que nascemos, vivemos e morremos. É a ordem natural das coisas. E assim vamos vivendo a vida, ou simplesmente vamos passando pela vida, dia após dia, realizando as mesmas tarefas, percorrendo os caminhos de sempre, sem parar para pensar.

Por que estamos aqui? Quanto valem para nós as pessoas que nos cercam? Pequenos problemas são realmente tão importantes?

Há quanto tempo não paramos a loucura do dia a dia para apenas aproveitar a visão do sol se pondo no horizonte?

Recentemente perdi meu pai. Ele cumpriu seu destino com honra e dignidade. Mas apesar de saber que era provável que ele não resistisse à doença, não estava realmente preparada para a perda.

Cuidei dele, tive a bênção de repetir milhões de vezes para ele que o amava. Recebi seu carinho e consolo... Uma grande oportunidade. Sei que muitas pessoas não tem essa chance, e perdem às vezes pessoas queridas sem poder se despedir.

Tenho também o consolo da minha crença. Algo que nem todo mundo tem, mas que na hora em que a morte surge, faz toda a diferença.

Essas perdas são rasteiras da vida. Para que a gente acorde, passe a dar mais valor ao que possui, (mesmo que momentâneamente), faz com que paremos um pouco a correria ... e reflitamos.

Estamos vivendo bem? Aproveitando todas as oportunidades de dizer, TE AMO? Enxergando a beleza que nos ronda?

Fica aí a reflexão. E o desabafo de saber que a vida continua, apesar da nossa dor.

O sol nasce novamente no horizonte, mostrando que somos apenas parte de um todo, e que a engrenagem não pode parar. Quando um se vai, outro vem...

Vou ser tia avó novamente...

Claudia Ferrante
Enviado por Claudia Ferrante em 24/10/2009
Código do texto: T1884196
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