Passado recente.
Lembro-me vagamente de voltarmos caminhando juntos, tantos assuntos em comum. Mesmo minha tímidez se esvaiu ao conversarmos, acho que talvez fora o seu jeito bobo, ou como falava tudo de uma vez.
Foram seus olhos talvez que me fascinaram, sua franja a esconder um dos olhos, o jeito moleque de se falar de automóveis e o mesmo jeito de falar sem se importar de ser escutada por estranhos. O carinho por crianças, seu belo rosto, o seu belo jeito de me fazer segui-la de conduzir-me além do concreto.
Nos separamos em frente a um shopping em meio a minha euforia não pergunte-lhe seu telefone. Em meio as pessoas andando você sumiu, andei até em casa sentei em frente ao computador e escrevi um conto sobre isso enquanto tomava uma cerveja.
Acordei bêbado deitado sobre a mesa de um bar.
Um sonho, um devaneio, um amor... Sem provas.
Mas esse texto continuara escrito em meu computador.