As fronteiras do Amanhã

“Fronteiras” é uma palavra que de imediato remete a idéia de algo limitado por vários fatores, as quais dependem de circunstâncias ponderáveis aos campos do conhecimento físico, científico, geográfico, moral e até mesmo emocionais. A atualidade tem mostrado as barreiras que a humanidade tem conseguido avançar graças ao avanço de tais fronteiras, mostrando assim, a capacidade que o homem tem de evoluir com as circunstâncias, fatos e acontecimentos. Conquanto mostra também o excedimento nos mesmos, ao ponto de trazer a decadência moral na mídia como algo do cotidiano, banalizando valores.

Por mais que distantes estejam as perspectivas de acabar com as desigualdades sociais, encontramos ainda no cerne humano as superações adquiridas pelo próprio esforço individual na busca de uma qualidade de vida melhor. A cada dia que se passa vemos isso caracterizado em programas de inclusão social como o ENEM que possibilita através do PROUNI o ingresso da “massa” em universidades privadas, e recentemente pelo SISU o ingresso nas universidades federais e estaduais do Brasil. Isso que é alcançar fronteiras, alcançar metas, quebrar barreiras! É dar ao negro, ao pobre, aos desfavorecidos a chance de estudar, de ser alguém na vida a onde os preconceitos e as dificuldades que os limitavam, foram e tem sidos superados em virtude desta necessidade de se viver em um mundo melhor.

As dificuldades tornaram o homem apto para os labores da vida, o tornaram a partir de sua condição batalhadores em uma luta por uma vida digna neste sistema capitalista, como na teoria de Darwin que diz “A sobrevivência é do mais apto”. Em contramão de tantos preceitos, conceitos e preconceitos superados, encontramos na sociedade brasileira e também em gráficos globais, o limite ultrapassado de forma extremista e antiética. A violência contra crianças tem tido uma atenção redobrada devido aos freqüentes casos que se vêem nos jornais, programas de TVs, como o caso da menina Isabela Nardoni que foi brutalmente assassinada pelo pai e por sua madrasta, temos também o recente caso da Procuradora Vera Lúcia Gomes que adotou uma criança de dois anos e a fez sofrer de maus tratos verbais e físicos. Tudo isso e outros casos tornaram-se alvo da imprensa, que nos faz refletir em uma pergunta, “Até onde as pessoas ultrapassaram os limites do humanismo, do caráter e das leis civis?”.

O hoje se fez do ontem, e o amanhã depende de nossas atitudes, reflexões e temperanças do agora para que possamos resolver e vencer os nossos problemas pessoais, sociais, políticos, civis, de forma racional e sensata não ultrapassando nossas próprias leis, nossa índole moral, educação, respeitando a si mesmo e principalmente ao próximo, formando assim, um por vir a onde todas as pessoas tenham qualidade de vida.

Fernando L. Oliveira

Marcopolo
Enviado por Marcopolo em 02/06/2010
Reeditado em 02/06/2010
Código do texto: T2295685
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