Ética em Levinas.

Diante da filosofia ocidental, que sempre se privilegia o todo, o filósofo Lituânio Emmanuel Levinas propõe uma crítica e pensa no caráter infinito revelado pelo rosto do outro.

O pensador sofreu forte influencia por ter sido prisioneiro na segunda guerra mundial e tendo seus familiares mortos em campos de concentração, isto mexeu muito com sua base filosófica e começou a investigar o caminho ético como caminho fundamental para se chegar no âmago do ser humano e em suas relações. Para este ponto não podemos pensar o homem como totalidade, seja de um partido político, religioso ou estrutural numa perspectiva capitalista, pois assim se vê o todo e despreza o rosto do outro, que é o objeto ético supremo.

Pois bem, nos ateremos na percepção do rosto para clarificar o pensador Lituânio. Primeiramente, o homem participa do infinito, e este é expresso no rosto o "in-finito", está no finito, sendo assim, qualquer pessoa tem algo de único e sacro, a responsabilidade se torna o princípio ético e o não-matar, o pensamento supremo, não posso aniquilar o infinito que habita o outro.

Após esta percepção do rosto, podemos também caminhar com o filósofo nos caminhos bíblicos o hebreu e o grego dialoga no pensamento levinasiano, desde uma idade onde dividia as "obrigações escolares com briquedos", Levinas lia os textos biblicos com devoção e um apaixonar-se por Deus que levou para a filosofia e a vida religiosa até o último suspiro. Os textos sacros falam sobre a viúva, o órfão e o estrangeiro como aqueles que precisam ser acolhidos e é nesta percepção que o filósofo convida o homem contemporâneo a dialogar com o diferente e a superar o medo do outro, fazendo uso da responsabilidade e percepção do ser humano que não se engloba na totalização. Por fim, queremos salientar que a discussão ética é sempre um "deixar para depois" o ato do assassínio, o sempre "jogar" para um futuro o cometer qualquer tipo de crime, sendo sempre um futuro que não se atualizará...