TRILHA DO MANGUE

O Estágio Supervisionado em caráter obrigatório como forma de colocar o acadêmico em contato com a prática, afim de que, o mesmo possa fazer comparações entre a teoria e a prática, deste modo, o trabalho realizado como estágio aconteceu na Trilha do Mangue, que se localiza na Ilha de Mosqueiro, precisamente no Sítio do Sr Nonato.

O objetivo é implantar uma trilha no sítio referido, afim de, valorizar o sítio como um produto turístico já comercializado, dentro do seguimento de Ecoturismo, promover a Educação Ambiental entre a população local, os visitantes de forma a preservar belezas da fauna e flora amazônica na Ilha do Mosqueiro.

Pode-se ressaltar a relevância das trilhas no que tange o aspecto pedagógico, importância de uso sustentável dos recursos naturais, aproximação do homem para com a natureza, é uma forma organizada de se fazer turismo em áreas naturais, entretanto, deve-se levar em conta a capacidade de carga do local, aliando parâmetros sustentáveis a fim de fazer do Ecoturismo uma ferramenta de resgate a culturas antepassadas devolvendo ao homem e à natureza a harmonia devida.

O crescimento do ecoturismo no Estado do Pará provoca a necessidade de levar ao conhecimento da sociedade a importância de conservar o meio ambiente, pois a mesma vem se envolvendo com a questão ambiental e precisa conhecer também um pouco mais sobre a atividade ecoturística. (CAMPOS, Mariano Ângelo; FERREIRA, Antônio Eduardo).

Tendo como objetivo principal a Educação Ambiental as trilhas interpretativas promovem vínculos do homem para com a natureza numa cadeia interativa de trocas onde o homem regata o passado, tendo em mente a sustentabilidade, fomenta o turismo, promovendo o desenvolvimento de comunidades locais em âmbito sócio econômico.

A fim de elucidar a definição de Educação Ambiental que este projeto visa conseguir na prática da intervenção da trilha no sítio aqui mencionado, assegura-se através desta citação que:

O termo Educação Ambiental (EA), jovem e antigo ao mesmo tempo, criado para dar esperança da construção de um mundo novo, mais harmônico e pacifico, leva a um amplo campo de reflexões que, associando os conceitos, às praticas, traz de volta questões filosóficas essenciais, que sempre foram feitas, uma vez que somos seres humanos providos de consciência: quem somos? O que estamos fazendo aqui? Qual a motivação de nossas ações? (MENDONÇA, Rita. 2005. p.154).

Então para o professor Ângelo Mariano a preocupação é com a inclusão da comunidade local ao se planejar turismo nas áreas naturais:

A demanda de Turismo para áreas naturais e selvagens é grande, e continua a crescer, porém, os empresários que exploram a atividade do Turismo nessas áreas, não se preocupam em incluir no planejamento das atividades, a comunidade local. O ideal seria que as comunidades locais exploradas, tivessem participação efetiva do desenvolvimento da atividade. Isso devido na maioria das vezes, haver o perigo da imposição cultural dos turistas que irão freqüentar o local das atividades turísticas. (ANGELO MARIANO NUNES CAMPOS).

Portanto, a equipe de acadêmicos que atuaram no Sitio Pratiquara pretende implantar uma trilha potencial para agregar valor a um produto existente, trabalhando junto com a comunidade local para fomentar projetos de ecoturismo no Sítio do Sr Nonato.

2. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

As visitas técnicas ao Sitio Pratiquara ocorreram sempre aos domingos, o grupo de acadêmicos vestido de acordo com trabalho a ser implementado seguiu para a Ilha de Mosqueiro bem cedinho para aproximadamente às 7h30min todos já estavam no Porto Pelé para tomarem a embarcação que os levariam até o Sitio do Sr Nonato.

Chegando ao Pratiquara o grupo munido de bússola, trena, prancheta, papel e caneta partiram para o manejo da Trilha do Mangal com início as atividades às 10h30min e o seu término as 12h00min do dia 21/03/2010, sob orientações do mateiro Sr Damião, a equipe composta dos acadêmicos Edmilson, Maria Benedita, Karla, Edemir, Jane, Patrícia e Raquel.

A trilha foi medida do ponto zero ao ponto ao ponto 39, com a tiragem dos devidos ângulos, do ponto zero ao ponto três observou-se a necessidade de intervenção no que tange a limpeza dos caminhos, bem como, a construção de um PIR no ponto zero com a colocação de bolachões, necessidade também da retirada de galhos secos.

Durante o percurso os acadêmicos mantiveram contato com diversidade de flora ao passar por árvores como piquiazeiros, variedades de Paxiubeiras, Seringueira, Amapazeiro, Saboeira, Ananinzeiro, bem como diversidade de fauna como o Cupinzeiro e redes de teia de aranhas.

Encontraram-se vários setores de terrenos alagadiços ao qual se pensou na ação interventiva de pontes, estas poderiam ser passarelas suspensas de madeira devendo ser construídas com o mínimo de impacto possível de modo a proporcionar aos visitantes um contato muito próximo à natureza.

Este primeiro momento do trabalho foi de reconhecimento da área fazendo-se “o levantamento preliminar de possíveis temáticas e o contato com o reconhecimento tradicional local”. (ESPÍRITO SANTO, Ariadne Peres).

Depois deste reconhecimento parte-se para a implementação de infra-estruturas físicas ao que se pode aproveitar arvores caídas para fazer bancos e placas informativas indicando a sinalização da trilha.

3. CONCLUSÃO

Segundo Ariadne Peres do Espírito Santo “as trilhas ecológicas interpretativas se enquadram dentro dos percursos interpretativos orientados metodologicamente e, não devem ser confundidas como meras picadas abertas na mata”, deste modo pode-se dizer que em um país como o Brasil a estrutura de trilhas torna-se de fácil acesso devido ao custo das referidas estruturas, este tipo de recurso no sentido de agregação de valor ao produto de natureza, segundo, outra vez, Ariadne Peres do Espírito Santo se faz adequado devido à “alta diversidade biológica e uma grande escassez de recursos” e, portanto, as trilhas “constituem um instrumento pedagógico prático e dinâmico, proporcionando uma aproximação à realidade dos temas abordados”.

As trilhas podem ser instrumentos relevantes no campo pedagógico no que tange a estudos fundamentais, médio e superiores, adaptando-se a finalidades acadêmicas, as atividades científicas de pesquisa reiterando o homem com o meio ambiente, afim de que este possa retroceder no caminho afim de que possa resgatar culturas vivas de ancestrais para a minimização da ação antrópica na natureza.

4. REFERÊNCIAS

CAMPOS, Ângelo Mariano Nunes. Turismo: a relação do ecoturismo e das trilhas interpretativas. Belém, 2006. Disponível em:< http://www.espacoacademico.com.br/057/57campos.htm>. Acesso em: 01/06/2010.

CAMPOS, Ângelo Mariano; FERREIRA, Eduardo Antonio. Trilha Interpretativa: busca por conservação ambiental. Artigo Publicado no Caderno Virtual de Turismo. Belém, 2006. Disponível em:< http:// www.ivt.coppe.ufrj.br/caderno/ojs/include/getdoc.php?id=913...pdf>. Acesso em: 01/06/2010.

ESPÍRITO SANTO, Ariadne Peres. Trilhas ecológicas interpretativas. Disponível em:<http://www.ufpa.br/npadc/gpeea/artigostext/trilhas.pdf>. Acesso em: 02/06/2010.

DENCKER, Ada de Freitas Maneti. Métodos e Técnicas de Pesquisa em Turismo. 1 Ed. São Paulo: Futura, 1998.

Patrícia P Ventura
Enviado por Patrícia P Ventura em 25/06/2010
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