O HERDEIRO DO NADA

João já nascera a contra gosto do pai, José, que a um ano mantinha-se vítima do desemprego. Devido à situação difícil, dissera várias vezes que não havia ocasião pior para que ocorresse aquela gravidez, defendendo assim a idéia de abortar o pequeno anjo que no ventre materno através de constantes movimentos anormais, parecia sentir as conseqüências dos absurdos expressados pelo pai.
José era descendente de caboclo, que devido a rudez de sua criação, carregara consigo a ignorância de seu pai, que acreditava firmemente que filho homem deveria ser criado ao relento para aprender as malicias do mundo.
Pobre coitado. Com isso conseguiu apenas implantar em seu filho, a decadente imagem do seu eu, tornando José um homem ignorante e sem nenhum dom admirável.
Já Maria sua mãe, no início do namoro que prometia grandes alegrias, era uma jovem morena de vinte anos. Possuidora de belos olhos escuros e cabelo de comprimento pouco mais que a cintura.
Agora aos vinte e três, devido às decepções do casamento e as dificuldades da vida dura, ganhara a aparência de uma senhora de quarenta.
Hoje usa com grande gratidão os ensinamentos de corte e costura ensinados por sua mãe. Como de costume, Maria atravessa mais uma madrugada diante da velha máquina de costura no intuito de garantir o pão de seu pequeno herdeiro. Pena que tanto esforço, muitas vezes fora em vão. Pois o pouco dinheiro ganho por ela, era gasto irresponsavelmente pelo seu cônjuge, que era escravo do álcool e da jogatina no bar da esquina.
Dez anos se passam e a situação da família continua praticamente a mesma.
O mesmo barraco, a mesma falta de dinheiro, a mesma criança que nascera com a rejeição, agora passa pela infância sem saber seu verdadeiro significado.
Mais uma vez chega o fim de ano. O espírito natalino faz por um instante de inocência, que João deixe por escrito sobre os galhos da torta e velha árvore de natal desprovida de enfeites, um bilhete endereçado ao velho condutor do trenó mágico, que imaginava ele ser movimentado por grandes renas de nariz vermelho brilhante.
Na ingênua cabecinha de criança, João acreditara firmemente que naquela noite seu pedido seria atendido pelo bom e doce velhinho de barba esbranquiçada.
Em silêncio por trás da porta através de uma fresta, sua mãe observa atentamente o ato de seu filho. Após João abandonar o recinto, Maria tomada pela curiosidade, aproxima-se da árvore natalina tomando em suas mãos o pequeno pedaço de papel de pão, que abrigara em sua superfície frases escritas com letras deformadas por alguém que abandonara a escola ainda no primário.
Lentamente abre o pequeno bilhete imaginando que o pedido do garoto, seria provavelmente um brinquedo que com certeza não teria condições de comprar.
Após ler as sinceras palavras do pequeno sonhador, dona Maria é surpreendida por lágrimas que rolam pelo seu rosto incontrolavelmente.
Ao contrário do que imaginava, a pobre criança não pedira um brinquedo.
Mas sim a paz em sua família. Pedia que seu pai respeitasse sua mãe, que nas calorentas tardes de verão, seu pai pudesse com ele jogar bola nas ruas de chão batido de sua humilde vila. Tornando-se assim igual aos seus colegas, que presenciara várias vezes dividindo com seus pais a lembrança de uma infância feliz.
A mãe atordoada pela forte emoção, mostra ao marido o bilhete agora umedecido por várias lágrimas de pranto, na intenção de uma possível revisão de suas atitudes.
O irresponsável chefe de família, ainda sob o efeito da orgia da noite passada, faz a leitura daquele bilhete, sustentando assim a promessa de mudança de suas atitudes, mas que aos olhos de Maria não ganhara crédito algum.
Manhã do dia vinte e cinco de dezembro, oito horas. João se levanta sustentado pela esperança de encontrar algo aos pés da árvore. Nada encontra.
Sua mãe da pequena cozinha o chama exigindo certa rapidez, diante da criança que não consegue esconder a decepção de não ter ganho nada, Maria tira de seu pescoço a medalha de Nossa Senhora de Fátima, que ganhara em seu aniversário de onze anos, e que até aquele momento carregara consigo com grande carinho e devoção .
Coloca o presente no pescoço de seu filho desejando-lhe grandes alegrias, e o faz prometer que guarde a imagem da mesma forma como sempre guardara, passando para seu filho futuramente.
O menino concorda balançando a cabeça no sentido vertical, fechando assim o acordo entre ambos.
Meio dia, ao contrário dos bem sucedidos financeiramente, a pequena família se reúne à mesa que sustenta nada mais que uma tigela de arroz requentado e uma pequena porção de mandioca frita.
Maria sugere uma prece de agradecimento. Dão-se as mãos e a oração inicia-se talvez pela pessoa que tinha mais fé naquela casa.
José tomado por mais um momento de fraqueza, olha para a humilde refeição e antes que a prece termine se levanta soltando-se das mãos de seus entes, quebrando assim, a recém iniciada corrente de fé.
Estupidamente sai chutando o cachorro que inutilmente se acomodara na porta do barraco à espera de possíveis sobras daquilo que deveria ser uma grande fartura.
José inconformado com seu fracasso, se entrega de vez ao seu vício. Seus poucos momentos de lucidez, agora só serviam para reclamar da vida e agredir fisicamente sua esposa por não conseguir dinheiro para saciar seu vício, que aos olhos de João, tal atitude era vista com revolta e tristeza.
João presencia o replay da antiga situação. Percebe que seu pedido não se realizou. E mergulhado num mar de dúvidas frias, pergunta ao vazio de sua alma, por-que papai noel não atendera seu pedido.
Será que ele não sobe o morro porque tem medo que as crianças daqui roubem seu enorme saco de presentes?.
Ou será que ele só atende pessoas que moram em casas bonitas, que com certeza oferecem a ele a privacidade de poder entrar sem ser visto pelas frestas das madeiras mau unidas que compõe nosso barraco?. Dentre tantas dúvidas, a confusa criança aos poucos percebe que o simbólico representante daquela data festiva, não passara de um mito. Mas que no centro da cidade era utilizado com grande êxito para vender as mercadorias daquela época.
A temporada de festa se passa, a rotina diária novamente toma conta da cidade. Pessoas de mau humor e corrompidas pelo estresse da vida agitada da cidade grande, andam rapidamente pelas calçadas ignorando alguns miseráveis que suplicavam o auxílio de qualquer doação.
João percebe que a personalidade da maioria daquela gente, não passara de algo podre. Pois só se lembravam do próximo, nas datas comemorativas de fim de ano, onde através de atos falsos saiam dando grandes gorjetas aos menos favorecidos. Mas que agora, depois das festas, a mesma personalidade se apresentara com a verdadeira face da falsidade. Onde seu dono faz questão de desviar de alguém que ainda outrora no ano novo ou no natal ajudara com uma bela doação.
Essa é uma das tristes realidades do mundo moderno. À João, outra realidade se faz presente lembrada pelos gritos destorcidos de seu pequeno estômago faminto. Que devido à carência de seu dono, muitas vezes cedera espaço somente à fome de alguém que ainda encontrava-se em crescimento.
Percebendo a carência de sua mãe, a pobre criança decide abandonar de vez a sua infância, e adentra despreparadamente no mundo dos adultos.
Apoiado por zoinho, amigo de João, a desamparada criança andarilha sem rumo definido pelas ruas da cidade grande. Hora vendendo rosas de papel, ou na maioria das vezes, limpando pára-brisas de carros que no semáforo paravam, a troco de míseras moedas.
A decadência diária daquilo que para ele era seu ganha pão, eram exemplos vivos que do futuro ele nada esperasse.
Dezenove horas, o menino encerra seu expediente. No caminho de volta para casa, João faz um retrospecto do seu dia.
A sua velha carteira acomoda um grande número de moedas, que depois de somadas não ultrapassa o valor de cinco reais.
Dose horas de trabalho duro por apenas cinco reais?. Que injustiça pensa ele.
Depois de quase uma hora de caminhada, João sobe o morro do Cuíca, rumo à sua humilde morada.
O silêncio do barraco o faz desconfiar de algo. Abre a porta lentamente e presencia sua mãe se acabando em lágrimas.
Em seu rosto, abrigavam-se marcas de violência originadas de alguém que a espancara incontrolavelmente.
A causa de todo aquele pranto, era de responsabilidade de mais uma bebedeira de seu pai, que angustiado pela sede de álcool, agredira sua mulher roubando-lhe o pouco dinheiro obtido pela costura, para mais uma vez saciar seu vício no bar da perdição.
Cansado de tudo aquilo, João decide mesmo sem saber como, mudar radicalmente de vida.
Sem uma cultura admirável, sem esperanças no futuro e se sentindo encurralado pelas armadilhas do destino, o pobre garoto percebe que não tem nada a perder e sai à procura de Zé da Mancha na intenção de um emprego que trabalhe pouco e ganhe muito.
Temido por todos na favela, o poderoso chefão das drogas entrega a João, o cargo de transporte do ouro branco. Ou seja, ele entregaria nas bocas de lixo, a mercadoria tão cobiçada pelos maloqueiros daquela área.
Talvez tenha confiado o serviço ao garoto, porque dificilmente uma criança de dose anos levantaria suspeita de tráfico de drogas. E se por via do acaso a polícia viesse a surpreender o pequeno fora da lei, o máximo que aconteceria seria que a prisão ganharia mais uma vítima da falta de sorte.
Enquanto que os cobrões estariam livres desgraçando a vida de mais infelizes viciados.
Aos treze, depois de um ano de bons serviços prestados ao representante do inferno, João em seu semblante não mais carregava a imagem de criança.
Agora totalmente envolvido pela podridão do submundo do crime, sua aparência maligna demonstra com toda clareza suas verdadeiras intenções, que com certeza não eram boas.
Gírias, palavrões, brigas e assaltos, eram pontos negativos que cada vez mais enriqueciam o currículo do pequeno marginal.
Os vizinhos disfarçadamente e no anonimato, desaprovam em silêncio o novo comportamento do menino, quase que adivinhando o final de seu filme.
Mas na cabeça de João nada disso importava. Agora com dezoito e três salários por mês, só pensava em dar conforto para sua mãe, que em sua memória sempre aparecera chorando pelos cantos devido aos maus tratos oferecidos pelo seu pai.
O velho até hoje conserva os mesmos costumes, continua bebendo, jogando mas não mais batendo em sua mulher. Talvez porque tenha medo de tentar descobrir o que se esconde por debaixo da nova roupagem psicológica de seu filho.
Embora sua mãe sempre dissera para ele abandonar este caminho, João já tomara sua decisão.
Pois não queria voltar ao mundo das rosas de papel ou dos vidros dos carros. Não desejaria em hipótese alguma, voltar a andarilhar sem rumo pelas ruas da cidade sendo desprezado por aquilo que a maioria dizia se chamar sociedade.
Onde quase todos enxergava a pobreza como uma doença contagiosa e sem cura.
Ele sempre sustentava a idéia, que as suas novas atitudes assim como a de outros envolvidos nesse negócio sujo, eram de criação do próprio sistema social. Onde somente os bem sucedidos teriam chances de sobreviver e ascender ainda mais suas vidas de luxurias. Enquanto que nós, da classe baixa, teríamos que continuar trabalhando duro para sustentar a classe nobre através do suor de nosso trabalho.
Já que esta é a lei que a sociedade democrática me oferece, então eu retribuo a oferta espalhando o caos para aqueles que pensam ter o poder da situação.
Hoje os seus cinqüenta por cento na sociedade do pó, são o suficiente para sustentar suas ambições de riqueza. Pois já possuíra uma boa casa, carro e demais luxurias que antes nem em sonho imaginara algum dia possuir.
Então para quê se preocupar com o que vai acontecer, se morrer amanhã, pelo menos teria tido a chance de saber como é viver bem sem precisar mendigar o pão de cada dia. Mais um dia se inicia. João inconformado com a morte de seu professor no crime, Zé da Mancha, que morrera metralhado pela polícia a dois dias atrás, desce o morro para tentar desbaratinar sua mente.
Ultimamente o comentário no morro, era que a polícia vinha pegando pesado em relação ao tráfico de drogas.
Despreocupado pela certeza de ter amigos na polícia, João imagina ter proteção dos responsáveis pela lei. Pois diversas vezes fôra avisado com antecedência de possíveis batidas no morro onde mora. Dando tempo mais que suficiente para fugir evitando assim sua possível prisão.
Isto nada mais era do que uma farsa criada pelos cabeças do esquadrão de combate às drogas.
Sem imaginar nada, continua descendo a rua em direção ao bar, na intenção de beber em homenagem ao seu grande amigo falecido.
A trinta metros do seu objetivo, João ouve uma voz amplificada por um megafone, que a ele ordena que pare e leve as mãos à cabeça.
Sabendo que aquilo um dia aconteceria e desobedecendo a ordem a ele imposta, João leva a mão à cintura sacando a semi automática que dele nunca se separava. Vira-se rapidamente à procura do emissor daquela ordem, e dose tiros certeiros são disparados.
Antes que pudesse puxar o gatilho, ou simplesmente pudesse mirar um alvo, João tem o seu corpo surpreendido pelo forte impacto de vários tipos de projeteis. Inevitavelmente abandona sua arma, arremessando-a a uma distância considerável.
Sem a capacidade de sustentar o peso de seu corpo, João deita-se sobre o solo aquecido pelos trinta e cinco graus de verão presentes naquele dia.
Seu olhar quase sem brilho contempla as últimas cenas por ele presenciada naquele momento.
Os policiais camuflados entre os barracos, não tinham vindo para brincadeira.
Para eles bandido tanto faz morto ou vivo, o importante seria a moral que ganhariam com a captura do fulano.
Ha tempos os condutores da lei e da ordem vinham no seu encalço, e justo agora não deixariam por menos.
O excesso de confiança nos supostos policiais viciados, foi o que levou João e o seu antigo chefe a sentir sobre seus ombros o peso da justiça, que naquele dia mais uma vez acordara sem a piedade de poupar a vida dos fora da lei.
Por traz da cortina de um velho barraco, Dona Helena assiste a execução daquele que fôra o responsável pela morte de seu filho Zoinho, antigo amigo de infância de João.
Que após aceitar os conselhos do iniciante traficante, teve sua vida destruída pelas contra indicações da cocaína.
Na mente da pobre senhora, repousa o alívio de que aquele indivíduo ausente de vida, nunca mais roubaria a vida de ninguém.
Aos pés da imagem de Nossa Senhora Aparecida, a cansada mãe cai de joelhos pedindo pela salva da alma de seu filho.
De posse de um terço gasto pelas diversas novenas, a velha ascende uma vela seguida de uma prece em memória daquele que a cinco anos a abandonara por conseqüência de uma amizade errada.
Rapidamente em volta do corpo do desprezível elemento, se forma um tumulto de olhares curiosos, que é vencido por um homem que a poucos instantes, da porta do bar viera a assistir com todos os detalhes e cores, a horrível cena do desprender de uma vida.
Cena que para muitos dos habitantes mutilados psicologicamente pela violência diária, era visto com o mais alto senso de naturalidade.
Dentre todos os ali presentes, alguém de vocabulário pobre faz montagens de frases de baixo calão, diminuindo ainda mais a pouquíssima estima do marginal.
Diante do corpo de seu filho, a gravidade do ocorrido proporciona ao velho alcoólatra alguns momentos de lucidez.
Lucidez, que agora toca sua consciência com as mãos do remorso, dizendo que ele fôra o grande responsável por tudo aquilo. Pois a criança crescera órfão da imagem paterna, tendo assim então na maioria das vezes, ter que escolher aleatoriamente e sem nenhuma noção de responsabilidade, o seu caminho no leque de opções oferecido pelo destino.
Num olhar mais atento, José percebe que seu filho morrera segurando a medalha que um dia sua mãe o presenteara pedindo um cuidado especial.
De certa forma o elemento cumprira parte do acordo, pois devido as conseqüências de suas escolhas, ele se impossibilitou de criar um pacto com seu possível herdeiro, pois morrera sozinho sem deixar nenhum fruto de sua paternidade.
De longe sua mãe observa pasma o que acontecera com aquele que aos seus olhos sempre fôra uma criança. Sem forças para suportar a realidade do acontecido, e carregando sua porcentagem de culpa, dona Maria prefere não se aproximar.
Do nada surge um furgão que só depois de estacionado, pode-se perceber que era do jornal local.
Dele, um homem raquítico sai munido de uma máquina fotográfica, aproxima-se do corpo e com o mais frio dos sentimentos, dispara rajadas de flasch. Gravando em seu rolo de filme, imagens que em breve arrancariam horríveis sensações dos leitores mais sensíveis.
Mais adiante, outro homem segurava firmemente uma filmadora, enquanto que uma mulher de vestido vermelho entrevistava insaciavelmente o responsável pela operação, que diante da câmera mantinha uma postura de superioridade, talvez querendo passar a imagem de dono da situação.
Ainda no chão, o elemento ganhara uma tintura que dava maior preferência à coloração vermelha.
O sangue que brotava dos vários orifícios, era de tanto volume, que enchera por completo uma das irregularidades daquele solo, continuando a escorrer em sentido contrário ao de subida do aclive.
Mais um carro de cor escura se aproxima, sobe o morro de marcha ré, talvez para facilitar sua saída.
Pára próximo ao corpo, e dele descem três homens munidos de luvas e mascaras.
Rapidamente e sem nenhum cuidado especial, os três homens acomodam o elemento abandonado pela vida em um caixote de revestimento metálico, que é colocado na fúnebre carruagem que sai em alta velocidade em direção ao centro da cidade.
A repórter ainda insiste algumas perguntas com um dos cavaleiros do apocalipse, que sem fazer idéia alguma, dividia a cena com dois ou três moleques medíocres, que por traz do entrevistado, disputam o foco da câmera acenando e fazendo caretas na intenção de aparecerem no noticiário das oito.
Um pedreiro de alma nobre, gentilmente doa quatro pás de areia que depois de espalhadas sobre o solo ressecado pelos trinta e cinco graus de verão, conseguem esconder a mancha que desde o início atestara o óbito do marginal.
Os responsáveis pela mídia, sem dar maiores satisfações, abandonam o local carregados de informações. Enquanto que aos poucos, a pequena multidão também vai se desfazendo.
Novamente nasce um novo dia. Como se tivessem trocado as pilhas, dúzias de andorinhas serelepes e carregadas de energia embelezam o céu com suas manobras rápidas. Talvez estariam tentando através deste gesto, nos informar que naquele dia nós da favela não seriamos atordoados por nenhuma surpresa desagradável.
Três pessoas de bem descem a rua a caminho do trabalho, enquanto que crianças desmemoriadas brincam de bola próximo ao local da tragédia como se nada tivesse acontecido.
Tudo parece ter voltado ao normal novamente. Como a maioria não era fã do bandido, somente na cabeça de sua mãe reinava a saudade daquele que não teve a chance de ter uma vida digna.