O PROFESSOR E O ENSINO

O método pedagógico refere-se às ferramentas para se chegar a um determinado objetivo. Trata-se do caminho pelo qual se facilita o aprendizado. De antemão destaca-se que os métodos podem ser expositivo, participativo, da descoberta (entre outros).

Ao longo da história o método expositivo foi o mais utilizado pela pedagogia tradicional. O professor é o centro do processo ensino-aprendizagem, ele fala o tempo todo e desta audição os alunos “passivamente” escutam, e memorizam assimilando as palavras do mestre. Admite-se que em determinados caso é o método mais apropriado para que a ignorância não seja socializada. Este método exige o mínimo de conhecimento, de repertório, de cultura. O importante é ver o que ele tem para contribuir. O problema apontado é que ele favorece o distanciamento entre o professor (intelectual que tudo sabe) e o aluno (sem luz, que está ali para somente aprender). Além disso, reclama-se que são transmitidas muitas matérias que os alunos não conseguem encontrar sentido em sua apreensão. Entretanto, a herança da pedagogia tradicional permanece viva na atualidade e o professor vê na aula expositiva o suposto para ter o controle do aprendizado dos estudantes.

O método participativo, por sua vez, é importante para trazer o aluno para a discussão, tornando-o parte do assunto e aproximando quem ensina e quem aprende. Contudo precisa ser uma relação entre dois iguais em que ambos aprendem. Ninguém é mais do que ninguém e a sala de aula precisa se tornar o exercício do respeito mútuo.

O método da descoberta liga-se ao pensar e fazer e proporciona o desenvolvimento e envolvimento do aluno na disciplina. O entendimento é de que o estudante é construtor do seu próprio conhecimento, epicentro do processo de ensino-aprendizagem.

Para tornar suas aulas mais interessantes os professores também contam com inúmeras técnicas, como por exemplo, a do bingo (mesmo formato do jogo e que facilita o aprendizado dos números, das letras etc); o jogo da memória [...]. O professor precisa ainda levar em conta o conteúdo a ser trabalhado, o tempo que vai ter com os alunos, o número dos alunos na sala, a capacidade deles. O método, a técnica que dá certo em uma sala pode não dar na outra. Não existem receitas. Todavia, de nada adianta novas tecnologias, novos métodos se a concepção de sociedade, de educação permanecer inalterável.

O fato é que os alunos se apaixonam e se desapaixonam de acordo como o professor encaminha a disciplina. Porém, o professor no ritmo que está não consegue nem ele mesmo se apaixonar pelo que faz. Vivemos numa alienação. Alunos e professores contam os dias para as aulas terminarem. Daí o subterfúgio da nota: “estuda se não eu te reprovo”. O professor aprende o “geitinho” de ensinar sem ensinar e o aluno de passar sem estudar. Porém, não tem como fazer a emancipação do ser humano na sua totalidade sem o ensino. Não há como o aluno aprender sem perceber que está aprendendo.

A materialização do sonho por uma escola diferenciada com quadras poliesportivas, piscinas olímpicas, espaço nobre para o lazer são condição necessária para se concretizar o ideal grego da educação expresso na máxima “mente sã, corpo sadio”. As crianças em tenra idade, os nossos adolescentes e jovens - e não só eles - precisam ter condições para aprimorarem suas potencialidades. Caso contrário, de nada adiantará o pedido de perdão daqui uns poucos anos.

SolguaraSol
Enviado por SolguaraSol em 25/11/2010
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