VIOLÊNCIA E DASAFIOS "DA EDUCAÇÃO".

Estes escritos são para todos os leitores (de modo particular), que acreditam na educação pública, gratuita e de qualidade. A realização deste projeto não é obra do acaso, um presente de um governo generoso, uma dádiva divina e sim, resultado da organização dos cidadãos, dos trabalhadores em prol de um projeto educacional e social que contemple os interesses da sociedade em geral.

Em educação continua-se a “viver noites escuras”, o sonho prometido de respeito aos profissionais da educação continua distante. Aparentemente próximo para ser desejado e, na realidade, talvez longe demais para ser alcançado. A esperança é a luz no fim do túnel, ela é quem faz o barco não afundar diante dos inúmeros desafios. A seguir, alguns apontamentos serão feitos no intuito de contribuir com a reflexão, no ensejo de que um dia esta realidade possa ser transformada.

Primeiramente, destaca-se que a violência entre adolescentes é um grave problema enfrentado por quase todas as escolas. Pesquisas, neste sentido, facilmente têm demonstrado que adolescentes vítimas de violência na infância apresentam maior possibilidade de se tornarem causadores da violência no futuro. Devido à generalização do fenômeno da violência não existem grupos sociais protegidos. Logo, o estudo aprofundado das múltiplas formas de manifestação da violência, entre elas, da violência simbólica proposta por Pierre Bourdieu pode contribuir para a realização de práticas educativas que promovam a paz.

Outra forma de violência é a luta pela sobrevivência. É a lei do darwinismo social expresso na fórmula “só tem direito a viver quem trabalha”. Nota-se, deste modo, que não são poucos os estudantes que abandonam os estudos para trabalhar, comprometendo, por muitas vezes, seu processo de formação e capacitação profissional. Entretanto, é bom lembrar, da crescente incapacidade do mercado de trabalho em absorver trabalhadores sejam eles qualificados ou não. Afinal, a cada dia que passa aumenta o número dos mestres e doutores desempregados.

Ressalta-se, ainda, que a criança é violentada constantemente no seu direito de viver sua infância, pois as tendências no quadro cultural contemporâneo, por um lado estimulam a sexualidade precoce e por outro incentivam as resistências em educar. Decorrente disso a escola também é intimada a contribuir com a sensibilização e oferecimento dos meios para evitar a gravidez na adolescência e, principalmente, o contágio de doenças sexualmente transmissíveis.

Consultas ao Ministério da Educação (MEC) revelam que é reduzido o número dos alunos que conseguem terminar o Ensino Médio. A evasão, a repetência (e outras denominações da exclusão-escolar) é evidente. Basta contarmos quantas são as escolas municipais e quantos são os colégios estaduais. O pior é que sem está violência excludente faltariam salas de aula para que todos concluíssem seus estudos.

De acordo com o que foi exposto, em poucas palavras pode-se dizer que o desafio imposto à educação possui íntima relação com as desigualdades sociais. Assim sendo, a educação será melhor quanto mais os que trabalham nela começarem a entender o que se passa no seu entorno, na sociedade.

SolguaraSol
Enviado por SolguaraSol em 26/11/2010
Código do texto: T2637819