ESPELHO, ESPELHO MEU...
Aluno do colégio militar.recife-PE:3' ANO.
Somos o que vemos. E ,na maior parte do tempo, nós não nos observamos, olhamos os outros; as pessoas à nossa volta tornam-se espécies de espelhos. Quando as fitamos nos encontramos nelas. Uma mão, um olhar, uma fala, uma ação. É como se fôssemos uma montagem de tudo aquilo que admiramos ou adquirimos até mesmo sem perceber.
A permanência de jovens com baixa renda sem maiores perspectivas de vida pode ser englobada nesse contexto. Sendo o futuro conquistado pela educação uma utopia, para eles, uma vida melhor é desacreditada. Não restando exemplos de ascensão por meio do esforço e do estudo, sobram os que levam às drogas, à prostituição e à marginalidade.
Problemas que começam na escola e refletem-se na sociedade, ou seja, a casa de ensino que na verdade deveria desenvolver consciência, torna-se num lugar de proliferação de maus costumes. Tudo isso, devido à exclusão da família, do governo e todos que negam os seus direitos básicos, transformando a constituição numa espécie de conto de fadas.
Então se formula a pergunta, a quem seguir? Se os amigos, o colégio, a rede familiar e o Estado não transparecem bons exemplos? Para que haja uma verdadeira mudança educacional não é só necessário cadernos e cadeiras, mas também a transformação dos segmentos sociais em si. A existência de um bom aluno consiste na existência de um bom cidadão, que necessita da existência de um bom exemplo. Um espelho limpo.
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