SAÚDE E PREVENÇÃO NAS ESCOLAS

No dia primeiro de dezembro comemora-se o dia mundial de luta contra a AIDS. A decisão por transformar esta data no marco para a conscientização em prol da vida foi da Assembleia Mundial de Saúde ocorrida em outubro de 1987 e contou com o apoio das Nações Unidas e da ONU. No Brasil, a data passou a ser adotada a partir de 1988. Com isso pretende-se reforçar a solidariedade, a tolerância, a compaixão e a compreensão com as pessoas infectadas pelo HIV que transmite a doença AIDS.

A palavra AIDS significa Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. Ela ataca o nosso sistema imunológico, que é o responsável pelas defesas naturais do organismo, deixando o nosso corpo vulnerável a outras doenças e infecções. Apesar de muitos ainda desconhecerem este fato, a AIDS tem tratamento, mas ainda não tem cura.

Sobre a origem desta pandemia mundial reina o consenso de que se trata de um mistério. Os primeiros casos foram detectados na África Central e nos Estados Unidos e a epidemia passou a adquirir importância no decurso da década de 1980. No entanto, permanece ainda sem explicação suficiente o mecanismo pelo qual isso ocorreu. A questão que se levanta é porque após milhares de anos de coexistência de homens e primatas no continente africano, somente recentemente se deu a emergência da infecção humana pelo vírus aidético? Esta doença é criação de laboratório ou fruto do acaso?

Para além das especulações científicas e filosóficas, o fato é que a doença se faz presente e mata diuturnamente. Por isso, é fundamental sabermos que o sangue contaminado, esperma, fluídos vaginais e leite materno podem passar o vírus HIV. Daí a insistência no uso de preservativos, na utilização de seringas descartáveis. Quem gosta de piercing, tattoo e manicure necessitam exigir sempre equipamentos confiáveis, esterilizados e dificultar a transmissão da AIDS e das hepatites. Quem passa por uma situação de risco deve fazer o teste da AIDS que é gratuito e confidencial.

Nesse sentido, vale destacar o trabalho realizado pelo Centro Especializado de Doenças (CEDIP) que registrou na cidade de Cascavel-PR até novembro de 2010, 1.480 casos de Aids. Conforme a coordenadora Josana Dranka, “a falta de informação leva muitas pessoas a se infectarem e, também, ao preconceito, tanto com relação á doença, quanto o da prevenção”. Sendo assim, ao compreendermos que a finalidade última da educação é ajudar as pessoas a melhorarem a sua qualidade de vida, também entenderemos que é função das escolas de todo país contribuir com o diálogo, a informação, a prevenção da AIDS e das doenças sexualmente transmissíveis (DST), ampliando o debate sobre questões importantes para os jovens como a sexualidade, o comportamento, a cidadania, a saúde e o bem-estar.

No Brasil são notificados aproximadamente 33 a 35 mil novos casos por ano e isto tem levado muitos Estados, municípios e entidades sociais a abraçarem a campanha nacional e seu slogan “A AIDS não tem preconceito, você também não deve ter”. A escola procurou fazer a sua parte, porém esta é uma tarefa de todo cidadão. Aproveitemos a oportunidade e participemos também deste movimento a serviço da vida que se revela nas coisas mais simples como, por exemplo, a amizade, a natureza, a atitude de quem acredita e quer construir um futuro mais saudável.