POR UM ANO NOVO MELHOR

Mais um Natal passou e agora estamos muito próximos do Ano Novo. A troca de presentes já se realizou entre crianças, jovens e adultos. Nos lares abastados vê-se o chão de quartos e salas repletos de papéis amassados e rasgados. As trocas de mensagens de felicitações foram várias do mesmo modo que as incitações pela busca da solidariedade, do amor, do respeito e da paz celestial. Pois bem, agora é preciso pensar o que nos espera em 2011 e isto nos obriga a refletir sobre o que ocorreu no que termina.

A história não é fragmentada e, por isso, quem não sabe de onde veio não sabe onde está e, por conseguinte, não consegue saber para onde vai. O ano de 2010 chega ao fim e cada leitor pode destacar os fatos que marcaram a sua passagem. Por uma questão de tempo e espaço podemos citar a derrota do Brasil na copa do mundo (porém, diante da miséria que continua vivendo grande parte da população brasileira isso nada representa); a eleição da primeira mulher presidente do Brasil (que pode vir a ser um marco na luta contra o machismo e suas nuances); a ocupação das favelas cariocas: Vila Cruzeiro, Complexo do Alemão etc, pelo exército e policiais (mas é bom lembrar que os problemas das drogas, dos roubos, do tráfico de armas só irão terminar com a superação do próprio sistema capitalista).

Todavia, além destes destaques, o fato é que o sonho de todos os brasileiros é ver o país no rumo certo e para que isso aconteça os pilares precisam ser bem reforçados. Assim sendo, investimentos em saúde, educação, segurança e geração de emprego doravante devem ser prioritários tanto na teoria como na prática.

Apesar de muitas vezes serem pensados separadamente estes pilares encontram-se unidos. Portanto, recorda-se que a saúde no Brasil é prejudicada por uma série de fatores, que incluem a falta de emprego, de comida, a poluição, a falta de prevenção contra as doenças. A educação é difundida, por muitos veículos de comunicação, como aquela que faz crescer o país, aumentando a renda e melhorando a qualidade de vida. Entretanto, segundo dados do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia Estatística - cerca de 10% das pessoas acima dos 10 anos de idade ainda são analfabetos no Brasil. Ficou perceptível ainda nas últimas eleições a necessidade de superarmos além do analfabetismo escolar o analfabetismo político. Afinal, não foram poucos os que estufaram o peito para dizerem que odeiam política, sem perceber que esta ignorância política contribui para a proliferação do abandono de crianças, aumento da prostituição, da criminalidade, do desemprego. A segurança, por sua vez, pode minimizar a violência sempre latente no homem e na mulher em situações histórico e sociais favoráveis. Aliás, costuma-se ouvir as pessoas dizerem que “é a ocasião que faz o ladrão”, logo, em uma sociedade onde todos participam, são incluídos, possuem um emprego, se aumenta a probabilidade de ver diminuída os aparatos repressivos e passa a reinar a força do convencimento ao invés do convencimento da força.

Em Cascavel, de modo particular, o Ano Novo e os outros que virão são promissores e trazem muita esperança. Foram quatro os deputados estaduais eleitos (André Bueno, Professor Lemos, Adelino e Paranhos) e que possuem o compromisso de trabalhar com dignidade para que o melhor aconteça. Contudo, as “novidades boas” somente serão realidade se os erros do passado forem corrigidos e a sociedade - com organização, moderação, informação e planejamento - atuar democraticamente e controlar as ações públicas para que estas beneficiem todo o conjunto dos cidadãos.

SolguaraSol
Enviado por SolguaraSol em 26/12/2010
Código do texto: T2692532