Milagre...existe?

Milagre... existe?

Abro esta redação com a pergunta acima...Milagre,voce acredita? Se me responderes :- Não sei,ou talvez, ou, não acredito,respondo-lhe com certeza, Milagre existe,e com esta redação lhes apresento uma história de um milagre...

Meu nome é Jeremias,sou casado, minha espôsa chama-se Ana Carolina, tenho quatro filhos, são eles, Tatiana,de déz anos, Fernanda,de oito anos,Otávio,de seis anos e o caçula, Jarbas,de dois anos...esta história passou-se com meu filho Otávio,quando estava-se com treis anos e meio,foi depois de que o garoto pegara uma gripe, e sua mãe, zelósa, prontamente déra-lhe medicamentos apropriados para combater o problema,e, atenciósa como sempre fora, vigava-o constantemente para o não agravamento da doença, em vão, pois a gripe não o abandonara,deixava o pequeno Otávio com mais reclamações do que o costume, agóra,o pequeno reclamava de dores de cabeça constante, vez por outra com sintomas de vômitos,parciais enjôos,o que levou-me a preocupar-me tanto que o levei, em companhia de sua mãe,a um hospital infantil,para alguns exames. Fui encaminhado ao Dr Rubens, jóvem médico, de experiencia em pediatria,e,prometera-me, após imediata consulta, e ter-me a par dos fatos...enquanto isto aguardávamos apreensivos na sala de espéra do hospital. Passados mais de duas hóras de uma espéra nervósa, fomos, eu e minha espôsa, chamados a uma sala de atendimento,e lá encon

tramos o Dr Rubens, que com fisionomia fechada,aparentando certo ar de nervosismo,fizera a seguinte observação, olhando diretamente aos nossos olhos...Se durante o estado inicial da gripe, nosso filho Otávio estivéra em contato com algum coléguinha doente, se havia antes apresentado dores de cabeça fórtes,enfim, fez uma predileção sobre doenças contagiósas e,finalmente falou-nos que nosso garotinho teria de ficar internado para tratamento, pois o que se suspeitava éra que o mesmo adquirira uma doença chamada de meningite. O problema, é que em muitos casos, esta doença manifestava-se tardiamente,o que fatalmente o levaría a óbito. Como se um enórme peso caisse sobre nossas cabeças,ficamos calados,e atordoados com a noticia, minha espôsa, chorando baixinho, perguntara ao Dr Rubens,se seu filho sobreviveria,ante sua pergunta,o médico,levemente abanara sua cabeça,o que significava que seria muito difícil um prognóstico favoravel, em virtude de que a meningite poderia evoluir a um gráu muito alto,e que só se poderia esperar, um verdadeiro milagre, para salvar a vida do pequeno Otávio...Passados com as informações,deixamos o hospital, sem anter ter-mos ido aos etor de isolamento dar-mos uma olhada em nosso filho,que encontrava-se deitado,semi-morto em seu berçinho. Abandonados , e a mercê do destino, saimos do hospital, e fomos caminhando de retorno à casa,quando prometí a minha espôsa, que tentaria ser forte, e encontrar fôrça para lutar pela vida de nósso pequeno Otávio. De vólta a casa, fomos recebidos pela irmã,Tatiana, que de pronto perguntara de seu irmãozinho, e tivéra-mos de contar a éla, que Otávio havia ficado internado por estar com uma doença muito ruim...e fomos para nosso quarto, eu inconsolado com toda a situação, Ana Carolina, a mãe, mantivéra-se até aquele momento fórte, e mal entrara no seu quarto pos-se a chorar copiósamanete, cortava-me o coração de estar alí presenciando aquéla cena,que, com o coração amargurado mal conseguira siquér adormecer...Mal amanhecera o dia pus-me em pé, e depois de acalmar mais uma vez a minha espôsa, dirigi-me á rua, indo à procura de esperanças, procurando outros especialistas onde pudesse talvez encontrar uma solução para tirar de seu leito de morte,meu filhinho...em vão, pude constatar que o procedimento do Dr Rubens éra o que se havia para o atendimento deste tipo de doença,e passei então a caminhar sem rumo, ou vontade, deixando-me levar pelas ruas, perdendo a noção de caminhos ou horários...foi quando aconteçeu de encontrar-me com um senhor que naquele instante, como se surgido do nada, tal a sua aparição à minha frente, saído de um barraco de tábuas ,encostado a um viaduto qualquér,que assustei-me a princípio, mas em seguida,ele, olhando-me, travestido que estava em trajes despojados de quaisquér lembranças de uma roupa comum, com um semblante calmo, com sua vóz baixa,mas fórte, olhando-me nos ólhos,perguntara-me :- Filho,qual a causa de seu desespero, qual o motivo de seu choro,se pósso saber? Porque chóras ? Dóe-te em saber que a morte espreita seu lar? Olhando-o, desta feita meio que assustado, desobrigado de raciocínio de querer entender como ele sabia dos meus problemas,sem mesmo me conhecer,tocara no assunto, ele, que mal encontrei-me num local êrmo, o que saberia do amor que sentia pelo meu filho,a dor que estava sentindo, e o saber de minha impotência em saber-me um inútil ante a doença que corroia a vida de meu pequeno Otávio ? Como que estivésse lendo meus pensamentos, aquele senhor, respondera-me,:- Filho , bendito sejais entre os que tem fé...Todas as pórtas se te abrirão e dar-te-ão guarida os seus seus pedidos. Sua fé, seu amôr paternal já te fazes ser um filho de Deus, e Ele não o desamparará...Vejo que sua fé, seu despreendimento sobrepõe-se à sua vontade...Siga seu caminho, vá ter com sua familia...e espére o dia de amanhã. Dizendo isto, eis que saiu do mesmo barraco, um garôto , em véstes como a um pequeno vestido, só que com pequena amarração à linha da cintura, cabelos meios cacheados e aloirados , em seus pés, um par de humildes sandálias...Segurando à mão da criança, caminhando e distanciando-se de onde me encontrava parado,disse-me o bom senhor...Vai-te , que tua familia o espéra anciósa, e que Deus te acompanhe...Voltei-me em direção contrária de onde estava, caminhava com o coração exaltado, cansado, mas em estado de uma sensação de Paz de Espírito, depois de algum tempo, cheguei em minha casa, e qual surpresa minha, minha espôsa lógo veio-me falar que alguma coisa havia acontecido, que do hospital haviam me ligado e que pediam minha presença com a máxima urgencia...Mal havendo descansado,apressamo-nos a nos vermos no hospital logo pela manhazinha, e quando alí chegamos,fomos encaminhados à presença de Dr. Rubens,que logo nos atendeu, relatando-nos o ocorrido...Começou contando-nos que exercia sua profissão, e que nunca havia presenciado o que estava préstes a nos contar...que durante todos os dias que tirara seu plantão,não vira melhóras em meu filho, e que no dia anterior,quase a noitinha,a enfermeira do turno ouvira tons de risis infantis vindos do berçário,e que fôra ver do que se tratava,e vira, duas crianças no berço de seu filho Otávio, que quando isto aconteceu,como que por milagre, encontrara seu filho em pé,sorriso no rosto,saltitando,batendo com as mãs,como se palmas o fossem, e olhando em direção ao alto...que imediatamente chamara outras pessoas, mas encontrava-se tudo na mais perfeita calma,e todas as outras crianças dormiam plácidamente.Que imediatamente chamara o médico responsável e este,ante a aparente melhóra de Otávio, meu paciente, mandara avisar-me e este é o meu relatória a voces, pais...Ante este ralatório, resolvemos examinar-mos seu pequeno Otávio e constatamos que ele não mais apresenta sintomas de doença alguma, estando portanto completamente fóra de perigo, e demais, de alta médica. Passado o nosso susto, e encantados, fomos para nossa casa,e, dias depois, resolvemos procurar-mos aquele senhor, e a criança, mas não o localizamos. Tenho nestes últimos doia anos e meio, procurado aquelas pessoas...mas, com certeza, eles estão nos espiando,seja de onde estivérem...acredito em milágres...e voce?

Julio Piovesan