OS RUMOS DE CASCAVEL

A cada ano presenciamos significativas mudanças na cidade de Cascavel (Capital do Oeste do Paraná). De modo peculiar - com o aquecimento da economia e as expectativas de crescimento dos negócios em detrimento da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas em 2016 - vemos a expansão da cidade em todas as direções. A pequena vila formada a partir de uma encruzilhada tornou-se um espaço promissor e recebe investidores e turistas do mundo inteiro.

Na atualidade, Cascavel consolida-se na sua vocação para o turismo de negócios e eventos. São diversas as instituições de ensino superior e seu papel é preponderante no setor agrícola, industrial e comercial viabilizado por um amplo mercado de mão de obra qualificado. Isto faz da cidade uma promessa de desenvolvimento econômico e social para toda região. Com este panorama - a questão é saber - o que as autoridades competentes estão realizando para melhorar a acolhida dos viajantes e dos partícipes da cidade?

Notadamente, a renda das famílias brasileiras aumentou e estas gastam parte de suas receitas com o turismo. Quem sai de viagem naturalmente passa a comparar a cidade natal com as outras e começa a perceber que algumas coisas deixariam Cascavel mais aprazível. Sendo assim, cita-se a falta de pórticos nos principais acessos da cidade em sinal de boas vindas aos que chegam ou estão de passagem; o transporte público precisa ser visto com seriedade, afinal os dados indicam que existe um veículo para cada 1,8 habitantes da cidade. Em definitivo, somente a instalação de radares, lombadas eletrônicas, não irão resolver o caos do trânsito. Por isso, é bom refletirmos sobre a possibilidade da construção do metrô, por se tratar de um transporte eficiente, com qualidade e custo menor. Em Porto Alegre-RS, por exemplo, as pessoas podem ir de metrô do Centro até a cidade Metropolitana de São Leopoldo por apenas R$ 1,70; é indispensável, ainda, a construção do Aeroporto Internacional, pois este é sinônimo de benefício que contempla toda população e proporciona o aumento de divisas para o município facilitando a comunicação do mesmo e seus arredores com o planeta.

Todavia, - a curto prazo - algumas obras são necessárias e precisam ficar prontas e operantes, como é o caso do Contorno Oeste que descongestiona o tráfego na Rua Jorge Lacerda. Após isso, a luta deve encaminhar-se no sentido de viabilizar a construção do Contorno Sul que contribuirá para a diminuição dos acidentes no trevo Cataratas e tornará a BR 277, no perímetro urbano, uma importante via rápida a exemplo do que ocorreu em outras grandes cidades. Importa salientar, também, a relevância da construção do Contorno Norte que valorizará todos os imóveis daquele lado da cidade, contribuindo eficazmente para a resolução dos transtornos causados pela falta de planejamento que destoa no trevo Cataratas.

À propósito, estamos às vésperas da realização do Show Rural Coopavel que tanto orgulha nossa cidade e atrai turistas nacionais e internacionais. O turismo de negócio, de eventos e de cultura é gerador de capital, de progresso, porém, o setor de hotelaria em Cascavel não é muito forte e os turistas precisam ter um local decente para pernoitar. Que este evento ajude-nos a pensar e a nos antecipar quanto aos desafios que estão por vir. Caso queiramos fazer de Cascavel uma metrópole no futuro e com qualidade de vida para a população na sua totalidade é bom começarmos a nos organizar o mais breve possível para não perdermos o “trem da história”.

A matéria exige cuidados e é preciso que saibamos disso para buscarmos avançar, sem ilusões, com objetividade.

SolguaraSol
Enviado por SolguaraSol em 07/01/2011
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