O terremoto que devastou a costa litorânea do nordeste do Japão, atingiu magnitude 9, sendo considerado como o quarto maior do planeta. Não há consenso entre os especialistas, mas eles avaliam que a energia liberada equivale a milhares de bomba atômica lançada em Hiroshima.
     O colossal desprendimento de energia ocorreu devido a quebra da placa do Pacífico, próximo à costa de Sanriku (Miyagi), em três locais diferentes. Estudiosos constararam que foram três sísmos marítimos, seguidos de grande intensidade variando de 8 a 10 pontos, na escala Richter.
     Cada qual provocou uma imensa fratura. As rupturas tiveram duração de 1 minuto e meio cada, com intervalo de 1 minuto, liberando essa monstruosa energia. As rupturas ocorridas em séries eram previstas pelos sismólogos, mas não nessa intensidade. É um fato inusitado.
     Os tremores foram tão fortes que provocaram o deslocamento da falha geológica, abarcando uma extensão de 500 quilômetros de comprimento e 200 quilômetros de largura. A movimentação dessa imensa área levantou um volume extraordinário de água que se deslocou com a velocidade de um boeing.
     Em consequência, algumas cidades de Miyagi, perto do epicentro, se deslocaram 4,4 metros e afundaram 75 centímetros. Daí o volume de água, carregado pelo maremoto não refluir para o oceano, pois o solo ficou abaixo do nível do mar. Antes da liberação da tensão, a placa do Pacífico pressionava a terrestre ou continental levantando as áreas assentadas nela.
     A príncipio, a agência nacional de meteorologia havia avaliado a intensidade do terremoto em 8,8. Depois, com base nos registros dos EUA, Europa e Finlândia, corrigiu para 9.
     O Abalo foi tão intenso que afetou o funcionamento dos aparelhos locais de medição. A ocorrência intermitente de grandes abalos secundários, muitos deles de grande intensidade, também levou a essa reavaliação. Até o dia 17, foram 194 tremores secundários de magnitude 5 para cima.
Previsões davam conta de que um terremoto de 7 pontos ou mais poderia acontecer até o dia 16, com 70% de probalidade.
     O tremor de Miyagi foi 1.450 vezes maior que o de Kobe. A cada 0.2 ponto a liberação da energia duplica e a cada latitude sobe 32 vezes. Especialistas afirmam que até a placa se  reacomodar novamente levará em média um ano. Nesse período preveem-se muitos sísmos secundários.
     Os abalos sísmicos acontecem geralmente em ciclos regulares, no mesmo local e com a mesma magnitude, excetando algumas margens de erro, o que facilita a previsão.
Especialistas dizem que o terremoto de Tokai, cujo epicentro foi a baia de Suruga, na província de Shizuoka oceorre no período de 100 a 150 anos.
     O último aconteceu em 1854 (157 anos). Conforme os registros históricos, o terremoto de Tokai geralmente ocorre em cadeia com os Tonankai e o Nankai, porém como o terremoto de Tonankai aconteceu em 1944 e o Nankai em 1946, é provável que ainda não tenham concentrado muita energia, o que diminui o efeito dominó.
As previsões que estão esparramadas na internet, alegando vir de sonhos e/ou espirituais .  São baseadas em fatos reais e científicos. No entanto, ninguém pode prever o dia, a hora e o mês exato...Trata-se de algo natural...
Dizem que o mundo acabará em 2012, outros dizem que acabará em 2020...
Amigos, grandes terremotos sempre aconteceram e o mundo continua vivo.
Também não acredito que isso está previsto, porque somos pecadores e Deus nos mandou um castigo. A natureza precisa renovar-se, liberar sua energia e infelizmente é assim que se manifesta. As constantes inundações no Brasil, ocorrem porque a natureza foi maltratada e ela precisa recuperar-se.
     Japoneses estão nos ensinando  como enfrentar dificuldades sem perder o equilíbrio e entrar em pânico.
Com disciplina, organização e respeito,  reconstrõem  suas cidades, enterram seus mortos, agradecem pela vida e esperam por dias melhores.



Fonte: Revista Alternativa
Sonia Lupion Ortega Wada
Enviado por Sonia Lupion Ortega Wada em 03/04/2011
Reeditado em 05/04/2011
Código do texto: T2888150
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