Realidade ou utopia?

Vivemos numa época em que são poucas as crianças que passam algum tempo fantasiando contos de fadas. Hoje, a realidade feliz tornou-se uma utopia.

Crianças perdem e adolescentes perderam o significado de infância, passam o dia trabalhando em troca de alguns centavos, ou simplismente vagam pelas praças centrais, sem rumo, sem destino, observam o movimento de um mundo no qual estão à margem. Elas não conhecem outra forma de viver, se conhecem é apenas de ouvir falar e nunca sentiram o que podemos chamar de bem familiar.

Muitas crianças e adolescentes vivem marginalizados devido à falta da família, essas vidas estão como um triângulo sem base, não passam de retas mal traçadas, suspensas na sociedade. Como chegar nesses jovens e explicar o quanto são importantes na sociedade, se nem ao menos conhecem sua importância num pequeno grupo que é a família?

Acolher e abrigar essas crianças adolescentes é uma das soluções, mas, a fundamental encontra-se na base. Hoje, pessoas ainda não conhecem a responsabilidade da formação de um lar, esquecem que são eles os maiores professores da vida.

Esta solução só poderá se reverter, quando cada um dos cidadões entenderem o que é ambiente familiar; mostrando que no lar, a cultura, a religião e classe social não podem impedir um dos maiores direitos dessa vida, que não é o de sobreviver, mas sim o de viver.