CASTRAÇÃO MENTAL

Você deve estar se perguntando que raios é Castração Mental, é como eu chamo uma situação muito peculiar e corriqueira nos dias atuais.

Primeiro voltemos um pouco no tempo; quando os relacionamentos foram criados para durar eternamente, quando os homens tinham o papel de chefes de família e as mulheres apenas procriavam e cuidavam da casa e dos filhos.

Tudo muito reprimido; casais só se conheciam intimamente após o casamento e fosse bom ou ruim, daí para frente não havia outra solução senão aturar até que a morte os separasse.

Parecia mesmo um horror esse modelo de união, mas me diga sinceramente, depois que homens e mulheres conseguiram independência econômica, liberdade sexual e a alforria do divórcio, porque continuam mantendo relacionamentos falidos e dando as mesmas desculpas de décadas passadas? Os filhos, a partilha dos bens; tudo exatamente nos moldes antigos?

Aqui entra o termo Castração Mental. Afinal os casais se condicionam a um relacionamento e depois por dependência real ou fantasiosa não conseguem tomar a atitude de viver sem vínculo.

Vemos muitos criando problemas, empecilhos, desculpas para manter algo que na verdade se arrasta de maneira lamentável, com agressões físicas, verbais e emocionais.

Casais que supostamente pelos “filhos” se mantém a trancos e barrancos com pouco ou nenhum respeito pelo outro. Mal tem desejo e sim a obrigação de estar intimamente com o companheiro(a).

Assim nasce a traição, mas eu me pergunto: maior traição é a física em ter outra pessoa, ou maior ainda é trair seus sentimentos em manter algo que não faz bem a ninguém, por puro medo, insegurança, ou capricho?

Todos dizem que querem ser felizes, mas quando surge à oportunidade se retraem e voltam para suas vidas. Essa castração da mente não impede que o corpo busque fora, o prazer que já não existe naquele relacionamento.

Então, mais e mais pessoas vão se perdendo da felicidade de realmente criar uma história nova e verdadeira.

Não, ninguém disse que seria fácil, mas também não dá para pendurar na conta dos problemas a felicidade, quando não se busca a solução.

Será mesmo que se um filho, por menor que seja, se ele pudesse escolher, será mesmo que iria querer o seu sacrifício ou a sua felicidade?

Você pode dizer que eu penso assim porque não estou casada, engano seu; digo isso de tanta experiência em uniões vergonhosas que alguns insistem em chamar de casamento.

E caso você viva essa Castração Mental, acredite: não vai ser fácil se libertar disso já que você assim como os outros está dependente do: “Quem sabe ele(a) muda e me dá valor?”

A chance disto acontecer é pouca ou nenhuma, por um tempo até pode mudar, mas lá no fundo onde a mágoa já se instalou; lá tudo está por uma gota.

Sair de casa é um passo, mas ficar em pé e andar sozinho(a) e com as próprias pernas aí é outro assunto, muito mais complicado do que fazer as malas e sair de casa.

Não estou com minhas colocações desafiando vocês a jogar seus relacionamentos para o alto e sim fazendo com que repensem sobre seus medos, limitações e principalmente para que parem de colocar empecilhos na frente da sua felicidade.

Ser feliz é simples, mas precisa de inteligência bem mais do que de força de vontade.

Atitude é ótimo, mas sustentá-la é ser dono dos próprios atos.

Elaine Spani

(17/05/2012)

ELAINE SPANI
Enviado por ELAINE SPANI em 17/05/2012
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