Chega! Não dá mais!

Até onde vai tudo isso? Que limite tem a violência? Quando o governo vai tomar uma atitude? São perguntas para as quais o povo quer resposta.

Que absurdo foi o caso do menino João Hélio, arrastado de maneira brutal pelos bandidos por um longo trecho de chão. Agora vamos pensar. Adianta uma lei para mudar a maioridade penal? Adianta agora o governo criar projetos antiviolência? Claro que não. O que o Estado deve pensar é como prevenir, como evitar que a criminalidade aumente e principalmente em como manter os menores afastados dela. O que o governo está fazendo é pensar em uma solução depois que aconteceu o crime. O único caminho para diminuir a criminalidade é dando uma educação de qualidade e condições dignas de vida para a família. Pensando no caso de João Hélio, dos jovens que estavam envolvidos apenas um era menor de idade. De que adianta mudar a maioridade penal? O interessante é que o governo só tomou uma providência depois de um menino de família da classe média foi assassinado. Quantos meninos não são mortos ou matam na favela todos os dias e não são criados projetos para esses casos. Não é agora que tais medidas devem ser tomadas, elas deveriam ter sido criadas há vários mandatos, por muitos governos não teve um projeto que pelo menos diminuísse significativamente o índice de criminalidade no país.

Você que está lendo esse texto no site no seu computador deve estar se perguntando: Qual a minha culpa nisso tudo? A nossa parcela de culpa nisso é grande. Se quiser botar a culpa nas elites lembre que nós estamos inseridos nessa elite. Muitas pessoas empregam pessoas de origem humilde para prestar serviços domésticos em nossas casas. O que devemos ter em mente é que não pagamos um salário digno para essas pessoas sobreviverem, esquecemos que muitas empregadas domésticas sustentam sozinhas uma família inteira. E algumas dessas pessoas vivem numa miséria tão grande que ás vezes precisam furtar um pouco de comida para não morrer de fome e muitas vezes a justiça é implacável com elas.

Voltando ao assunto dos jovens. Não é diminuindo a idade penal que se resolve essa questão. Aos menores infratores têm que continuar sendo aplicadas medidas de segurança, em lugares próprios para eles, devem receber uma educação dentro do local para que saiam de lá orientados a evitar o caminho do crime. Colocando um menor na cela comum só irá piorar a cabeça dele, o jovem irá sofrer com os presidiários mais velhos, provavelmente será violentado lá dentro e o infrator não sairá de lá um sujeito melhor.

Esse texto é uma opinião minha. Sinta-se a vontade para concordar, discordar e corrigir algo se achar necessário.

Tiago Gevaerd Farah.

Farah
Enviado por Farah em 22/02/2007
Código do texto: T390052
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