MARXISMO ÀS AVESSAS

O ritmo imposto por nossa sociedade e pelo sistema que nos rege é insano:somos obrigados a produzir mais e receber gradativamente menos. Esquecemos de qualquer tipo de humanização no cotidiano e mergulhamos de cabeça na teoria marxista: o trabalho dignifica o homem

Apesar de ser apontado como o lançador das ideologias socialistas, os fundamentos de Karl Marx são o que mantêm o mundo capitalista ávidos pelo consumo. Com o passar dos tempos, novas formas de trabalho foram surgindo para saciar essa demanda: a informática, principalmente, é o ramo de maior inovação nesse caso. Em certos empregos, como em algumas firmas de publicidade, não é preciso mais acordar às seis da manhã e enfrentar o trânsito infindável das grandes cidades, apenas o simples apertar de um botão para ligar o computador.

Entretanto, a facilidade e aumento da demanda de empregos é paradoxal: os níveis de desemprego ainda se encontram elevados. Daí que surge o empecilho da teoria do filósofo do século XVIII: a alienação. Devido à necessidade de receber dinheiro, os exonerados são submetidos à abusos e péssimas condições de trabalho, a exemplo dos boias-frias que desempenham trabalhos braçais, por horas a fio em troca de uma remuneração vergonhosa.

Assim como novas tecnologias foram criadas, o espaço de trabalho passa pelo mesmo processo renovador. Contudo, deve-se haver uma análise geral para a real dignidade do homem. O trabalho com certeza transforma o ser humano em um credor, entretanto necessitamos de um alicerce entre a atividade e a remuneração. Será que um trabalho exaustivo com uma remuneração insignificante para garantir o bem estar de um cidadão é digno?

Leonardo Falcão
Enviado por Leonardo Falcão em 25/08/2013
Reeditado em 30/08/2013
Código do texto: T4451568
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