UM SER ENTRE O CÉU E A TERRA

No meio de um envoltro maternal, cheio de líquidos vitalizantes, eu me sentia bem confortável. Até pude sentir todas as sensações de felicidade da minha mãe. Pois ela, naquele dia, amanhecera bastante esperançosa com a notícia da minha chegada. E nem sequer desconfiava que estaríamos juntinhas por tão pouco tempo. Todas as expectativas eram ameaçadoras! Era como se já me preparasse para o que estava por vir a acontecer. Eu a observar! Amanhecia o dia e um lindo sol brilhou! E aí foi ficando triste, como se a natureza quisesse dizer para aquela gente o que dentro de determinada hora daquele dia viria a acontecer. O povo mesmo assim jamais desconfiou que, como de costume, esta a por em prática as suas atividades. Vendo aquela situação, eu e outros irmãos na mesma sabedoria, preparávamos fluidos comunitários para ar tranqüilidade àqueles que não sabiam das suas passagens para outro mundo, muito mais evoluído, onde a união e o amor fazem despertar a solidariedade a nível igual. E eu a observar, vendo aquela situação, queria transmitir pelo pensamento a mamãe e a outros, mas ela nem ninguém me davam atenção, até porque também não poderia impedir! Pois são fatos condicionados e determinados para a nossa evolução, que não poderiam ser mudados. E assim, um estrondo ensurdecedor, onde lâminas de fogo e muita poeira dos escombros a se desfazerem, aterrorizavam toda aquela multidão. E juntamente aquela nuvem de fumaça e poeira, aqueles destroços e muito barulho infernal de explosões, tombavam os corpos rumo a terra, onde muitos já se privilegiavam de uma passagem serena. Ao subirem os espíritos, iam em grande multidão rumo à extensão do universo, e muitos desesperados, sem nem saber o que podia estar lhes acontecendo. E eu no meio dessa imensidão de almas pude observar na inteligência ainda a desenvolver naquele ventre, pois nem acabara de me formar, o meu corpo carnal, já estava envolvido pelas emoções de minha mãe. Podia já sentir também o seu desespero, que me proporcionava grandes conflitos entre a dor e a paz, tentava apaziguar com a inteligente compreensão da suprema sabedoria que me foi concedida, felizmente pude obter este êxito de adormecê-la, para então só despertá-la já no amparo do novo lar. E voltada para todo aquele amparo, pude sentir a necessidade dos seus entes queridos, que inconsolados diante de tantas dores e reflexões buscavam explicações para tamanha dor. Diante do grande conflito na Terra, só quem nunca e jamais ouvira e enxergasse na matéria, pudesse naquela hora não sentir o desespero total! Era inevitável não sofrer diante daquela lástima estarrecedora, mesmo não querendo sintonizar as energias vibratórias de um terror, mas logo de encontro também na imensidão espacial, vieram os grandes amigos a recebê-los e protegê-los, numa preparação que há dias já vínhamos a trabalhar. Aparamos juntos, com plenitude e muita compreensão para dar-lhes mais tranqüilidade. E quis Deus que muitos deles compreenderam, como pude favorecê-los e ajudá-los num momento de tanta negatividade e absorção? Logo pude compreender, como não? Se na minha missão terrestre sempre fui um servidor! Porém desta vez, fui preparado para aquele instante em conduta de consolar e ajudar aqueles muitos sofredores. E assim, na trajetória desse grande desespero, a sabedoria do mais puro e sublime amor compreendeu, que tão pouco foi o acalento, mas todos receberam o amparo do supremo amor do Criador. E, ao retornar, quis expor a minha grande missão como um pouco de acalento àqueles corações que, marcados pela dor sofriam, enquanto em mim desabrochavam os mais sinceros sentimentos de consolo, que, ao mesmo tempo os acalmava um pouco. E ainda observando, fui quase sugado na força vital, como se fosse enfraquecido por aqueles sofrimentos lastimosos dos seus familiares na camada terrestre. Fortalecia-me, ao mesmo tempo ainda na missão espiritual para então aqui estar a revelar.

ALMA DA LUA
Enviado por ALMA DA LUA em 26/08/2005
Código do texto: T45425