Educação: Uma porta aberta para o fim do preconceito racial.

QUESTIONAMENTO:

É dever das instituições de ensino conduzir o aluno, de forma responsável, a manter um proceder ético diante das diferenças culturais e raciais?

VISÃO:

Durante toda a história sofrida dos povos africanos em território brasileiro, podemos analisar o quanto o país está em déficit com esse povo que vem sendo estigmatizado, povo esse do qual todos fazemos parte. Muitos são os anos de luta contra a discriminação dentro do âmbito cultural, social e racial e nesse contexto a escola vem sendo encarada como o instrumento que ameniza essa doença social chamada preconceito.

Apesar de considerarmos que o Brasil vive uma diversidade cultural, é notório que a escola ainda não esteja preparada para lidar com certas situações de racismo, mesmo sendo ela um espaço de convivência onde se utiliza de várias ferramentas para a valorização das etnias, o abismo que separa a realidade do ideal desejado é imenso, porém não é intransponível.

O filme, O Xadrez das Cores, nos instiga a ponderar sobre o que há de mais desprezível no racismo (uma vez que é baseado unicamente na aparência e na empatia), na afirmativa de que o outro não seja completamente humano e o que leva um povo a enaltecer-se sobre o outro causando o preconceito que leva à discriminação, à marginalização e à violência.

Desde a sua formação, a sociedade brasileira é constituída por uma diversidade étnica e cultural a qual deve ser contemplada no espaço escolar para que possamos entender as diferentes vivencias dos grupos sociais onde a escola está inserida. Baseado nesse entendimento, a escola, poderá mudar todo esse processo que envolve o preconceito por desenvolver, em parceria com diversos setores da sociedade, valores como respeito, tolerância, união, há muito esquecidos, que na verdade são a base para o fim do preconceito.

Sendo assim a escola cumpre seu papel social e político não somente na escolha da metodologia eficaz para a construção de conhecimento, mas, também, a partir do momento em que trata todos de maneira igualitária, respeitando suas diferenças, superando o preconceito e a discriminação existente na sociedade e, ainda, sozinha não poderá desconstruir os pensamentos e ações negativas que estão arraigados, todavia ocupa posição de destaque na superação do preconceito.