ESTATIZAÇÃO DE DEUS

Laicidade. Proclamam politicamente os representantes eleitos. Um país laico, igualitário, emergente com um bom PIB. Brasil, uma terra onde supostamente vagam as grandes mentes, músicos e artistas. Diferente do que proclamam os políticos, o gigante da América do Sul possui estereótipos contrastantes, entre eles, a falta de liberdade enquanto a opinião religiosa.

Detentor de uma maioria católica, o país apresenta apenas duas limitadas opções que são definidas resumidamente em cristãos: os católicos e protestantes. A expressão de uma opinião, dita racional, que bata de frente com os dogmas referentes à uma das duas é vista, principalmente, com preconceito, agressividade e um excessivo desejo de "evangelizar" a pessoa que emite diferente pensamento. Fator limitante e, com certeza, envergonhador em uma sociedade globalizada e abundantemente científica.

A maioria dos casos de "engolimento" da estrita palavra de Deus ocorre em cidades interioranas, que em sua maioria possui população de baixa renda, más condições de vida e escassa escolaridade. Vista como apaziguadora das aflições, um grande número de igrejas - ambas católicas e protestantes - usam de sua influência para criar uma hegemonia ideológica: nada mais contrastante em um mundo global, onde o espaço social é meio de divulgação de novas teses e pensamentos.

Sofredores da estatização de Deus proclamem um fim a esta supressão ideológica. Mostrem-se capazes de proferir sua palavra sem a imposição comercial e forçada de alguns evangelizadores. E, de uma vez por todas, apresentem o fato que não é necessário viver em uma religião para se viver com Deus.

Leonardo Falcão
Enviado por Leonardo Falcão em 01/01/2014
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