HOMENAGEM ÀS MÂES

HOMENAGEM ÁS MÃES

Escrever, eis a sina do poeta.

Às vezes está alegre e transporta isso para as páginas de seu caderno ou rabisca numa simples folha de papel.

Sei de alguém que tirou versos ao ver uma porta, um simples e tranqüilo riozinho ou até uma paineira velha.

Sua terra natal lhe inspirou AVENIDA BOIADEIRA, ATALHO e outras 1500 poesias de rara beleza.

Com saudade de minha mãe também quis escrever:

A SUA BENÇÃO MAE !

Há quanto tempo não digo isso.

Faz oito anos que Deus a chamou para o prêmio eterno, depois de 84 anos bem vividos, dos quais quarenta ao lado de meu pai, que Deus levou há 26 anos, depois de dolorosa doença.

Quantas vezes pedi sua benção!

Ao me levantar e sair para o trabalho, ao estudo, à Santa Missa ou a passeio.

Pouco tempo nos separamos, quando em minha adolescência, com sua benção, freqüentei o Seminário.

Depois de casado, morando um pouco distante, ainda assim não demorava mais que quinze dias para revê-la.

Ela sabia de minhas fraquezas e não admitia que fizesse qualquer comentário desairoso a meu respeito ou sobre qualquer pessoa.

Sempre me defendeu e dizia que rezava muito por mim e pelo meu futuro.

Depois que meu pai se foi, vendemos a propriedade e cada um ficou na sua.

Em 29 de maio de 1998, Deus a chamou para o céu, deixando uma saudade muito grande em mim, mas com uma certeza de que não sou órfão.

Do céu ela me protege e me ajuda.

Hoje tenho a certeza de ter duas mães no céu: a minha mãe biológica e aquela que me foi dada já na Cruz: a Virgem Maria.

Dois grandes presentes de Deus para mim.

Carvalho Santos
Enviado por Carvalho Santos em 07/05/2007
Código do texto: T478537