Notório saber e reputação ilibada

Como não ficar perplexo diante do relato da deputada Cidinha Campos. A política é, de fato, a ama-de-leite que alimenta a corrupção, embora, haja quem consiga manter-se firme e imaculado, eu acredito, pois do contrário é melhor arrumar as malas. Para remontar a história política brasileira é preciso seguir duas vertentes: a educação e a cultura. Nesse passo, vamos refletir o porquê não é dada a devida importância para a educação pública em nosso país e repensar os valores culturais ao longo do tempo.

A primeira traz à tona o jogo político capaz de alienar eleitores pela incapacidade de avaliar e discernir o poder da educação que pela falta, indiscutivelmente, o faz refém dos projetos socialistas dos “partidos de mentirinha". Por outro lado, cooptam palhaços, artistas e despreparados para angariar votos em legendas e que ao lograrem êxito ao pleito são incapazes de aprovar projetos, destacar-se em plenário, sequer serem aceitos por seus pares. Proporcionados pela ausência dos homens detentores da honra, notório saber e reputação, que óbvio, existem em muitos, no entanto não se permitem contaminar pela podridão do processo eleitoral.

A assimilação da cultura ocidental, ao longo do tempo, perdeu suas virtudes filosóficas, a idade contemporâneo surge com uma rápida transformação industrial, financeira e informacional, assim, a prioridade agora é esquecer os ideais Iluministas e valorizar o capital. Não obstante, na escola, é dada a ênfase na história do velho mundo, suas jornadas e dominações, assim, vê-se inúmeros conflitos causados pela ganância, escravidão e guerras.

A cultura oriental, a qual o legado ético, moral e os valores humanos estão à frente dos demais não são passados como poderiam, esse conhecimento faria-nos repensar sobre a seriedade e confiança ao cargo que lhe seja confiado, indago como as grandes potências do Oriente abertos ao capitalismo ocidental, hoje, lidam com a política, não é raro a punição severa dos agentes públicos. O que seria se a lei Talião do assírio Hammurabi torna-se referência em nossa cultural?

Enfim, somos todos iguais perante a lei? A Constituição nos garante que sim! Nos últimos dias questionamos a precoce aposentadoria do herói Nacional que fez valer a lei àqueles cuja influência política lhes garantiriam a inocência, muito há o que pensarmos, lembremos que “uma andorinha não faz verão". Nunca antes na história do País houve tanta ascensão social conquistada pela democracia, logo, acreditar na educação e buscar o conhecimento profundo da história é o grande viés para transformar o Novo Mundo, os iluministas derrubaram o absolutismo e nos legaram a coragem de enfrentar o Estado.

Flavio Gomes
Enviado por Flavio Gomes em 09/06/2014
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