Por uma obesidade mais magra e saudável

Hipertensão, cardiopatias e diabetes são algumas consequências da obesidade. No Brasil, vem ocorrendo uma transformação nutricional, o país que em décadas anteriores tinha a subnutrição como grande problema, figura hoje como um país de obesos. A obesidade e o sobrepeso não são exclusividades dessa ou daquela classe social, mas sim resultado de hábitos alimentares massificados pelo capitalismo e de pouco ou nenhum exercício físico. Logo, o investimento em saúde preventiva e a promoção de uma cultura alimentar saudável são imprescindíveis à melhoria desse quadro.

O capitalismo e sua cultura de massa são importantes incentivadores do consumo de comidas industrializadas e da vida sedentária. No entanto, vale destacar o papel das escolas e das famílias, que por vezes, também suscitam tais comportamentos. Sendo assim, é fundamental o incentivo a merendas escolares mais saudáveis ,e também a utilização de gincanas de produção e experimentação de alimentos naturais.

No que tange à obesidade e o sobrepeso, a metodologia defasada utilizada por boa parte dos médicos também influencia no abandono de programas de emagrecimento. Um exemplo é que no meio acadêmico voltado ao emagrecimento, especificamente da área de educação física, é sabido que o exercício aeróbico de longa duração, muito indicado pelos médicos, como a caminhada não é o mais eficaz para o emagrecimento efetivo. Como alternativa, o uso do treinamento resistido(musculação) deve ser intensificado, pois assim, evitar-se-ia o indesejado "efeito sanfona".

Além disso, a obesidade , infelizmente, ratifica doenças como: a diabetes, a hipertensão e cardiopatia. Para se ter uma ideia, o Sistema Único de Saúde(SUS) gasta em média 600 milhões com internações relacionadas à obesidade por ano. No entanto, a Política Nacional de Alimentação e Nutrição(PNAN) tem um orçamento de 38 milhões de reais. Sendo assim, é notória a falta de prioridade na saúde preventiva.

Portanto, a mudança de hábitos é difícil, mas possível. Faz-se necessário o investimento em programas de saúde preventiva, feitos com equipes multidisciplinares de médicos, nutricionistas e professores de educação física. Além disso, o estímulo à cultura alimentar saudável também é importante. Sendo assim, as crianças com obesidade ou sobrepeso poderão ter um futuro ao menos mais saudável.

breno vilhena
Enviado por breno vilhena em 27/10/2014
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