Desigualdades entre homens e mulheres.

No sentido figurado, a palavra ogro pode ser utilizada para designar um indivíduo corpulento, com atitudes grosseiras e que não sabe se comportar socialmente.

Charles Perrault é autor de famosos contos populares, dentre eles “O pequeno polegar”, que meu pai nos contava quase toda noite e era o meu preferido, onde faz referência a um ogro que atormenta as crianças.

Atualmente é utilizada para denotar homem ou mulher que conduz o parceiro(a) a se tornar descrente no quesito afetividade.

Quando era adolescente usava-se a expressão brucutu, normalmente empregada para homens e quando era dirigida à mulher, numa atitude machista, fazia referência a ausência de beleza da garota.

Acabei de ver no jornal da globo uma demonstração, pelas estatísticas, de que vivemos cercados de ogros.

Para esses ogros vivemos em um mesmo planeta, entretanto, mulheres e homens com diferentes condições diante da vida. Um não pode beber em público, outro pode; Um não pode sair com os amigos o outro pode; acham certo espionar as redes sociais para saber o que o parceiro(a) diz ou faz; invadir e-mail, exigir senhas para acesso ao que é do outro. Cadê a privacidade? Isso é ser por demais invasivo.

Lembrei-me de como é bom sair para bater perna pela cidade, conversando com pessoas conhecidas ou nem tão conhecidas assim; entrar e sair da internet sem dar satisfação dos meus atos a ninguém, além de mim mesma; comer na hora que quero sem justificar o porquê; assistir o que quero e deixar de fazê-lo quando deixo de querer; não ser responsabilizada pela infelicidade de ninguém; viver sem rotina; dedicar minha atenção e cuidado a todos que amo; deixar o sofá e televisão somente para quando não há nada mais interessante a fazer ou ser isso o que quero; dançar, cantar, cozinhar e amar a hora que se quer.

Refletindo sobre essas observações constatei que realmente algumas pessoas em nada contribuem para que os relacionamentos sejam saudáveis.

Permanecendo esse pensamento machista, as estatísticas continuarão a acontecer e os procedimentos serão os mesmos.

Depende de nós !!

Vera Bayerlein