GÊNEROS TEXTUAIS E TIPOLOGIAS.

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ – UESPI

CAMPUS PROFESSOR BARROS ARAÚJO

Maria Gerusa Gomes Santos

ESTUDOS DE GÊNEROS TEXTUAIS E TIPOLOGIAS

Com o avanço dos estudos linguísticos e com a entrada do texto e do discurso também como objetos de estudo da Linguística, os gêneros textuais passaram a fazer parte das reflexões de muitos estudiosos como Bakhtin, e Marcuschi que serão abordado nesse trabalho.

Os gêneros textuais são maneiras, ou seja, formas naturais que usamos a língua. No cotidiano convivemos com variados tipos de gêneros textuais orais e escritos, embora seja variado cada gênero tem características próprias. Como por exemplo: carta, entrevista, seminário, diário, conversa ao telefone ou amigo e etc. cada um dos gêneros citados tem sua finalidade de divertir, informar, persuadir e convencer com determinadas funções.

Segundo Bakhtin, os gêneros são classificados em dois grandes grupos: primários e secundários. Os primários são gêneros do dia a dia, ou seja, não precisam ser ensinados, são naturais, praticados naturalmente como uma conversa ao telefone, lista de compra e um bilhete. Os gêneros secundários precisam ser ensinados, não são naturais às praticas sociais como redações escolares, resumo entre outros.

Bakhtin nos mostra ainda que existem gêneros mais flexíveis e outros mais estereotipados. Exemplo: entre os mais criativos estão o da intimidade familiar ou da amizade e os da esfera da literatura esse são mais flexíveis, visto que a fala na intimidade familiar é algo que se pode fazer com um grau de criatividade bem maior do que as das situações formais, e assim acontece com a literatura onde o autor pode usar de toda uma criatividade. Já no caso dos estereotipados estão também textos o cotidiano como as saudações, e também textos da vida prática como uma bula de remédio, que nesse caso não terá tanta criatividade, ao ponto, que se trata de algo mais sério, como indicações de medicação.

Já no caso das saudações, pode sim haver uma criatividade interacional mais flexível ao ponto que a situação exija. No caso de alguém dá uma ordem ao empregado, ele responderá sim senhor, mas se pegarmos essa mesma saudação e usarmos entre amigos íntimos poderíamos simplesmente responder sim senhor, meu general, tornando essa saudação mais flexível.

Desse modo fica exposto que algumas saudações podem mudar de sentido de acordo com o contexto e a entonação. No entanto se faz necessário, termos em mente que o estilo individual não é absolutamente livre, ou seja, o estilo individual não é absolutamente livre, ao modo que nos comunicamos sempre através de gêneros e para isso escolhemos um determinado tipo de gênero e adequamos às situações em que estamos expostos.

Produção textual analise de gêneros e compreensão na perspectiva de Marcuschi. Noção de gênero textual, tipo textual e domínio discursivo. Como já falado anteriormente é impossível não se comunicar verbalmente por meio de algum gênero, do mesmo modo que é impossível não se comunicar por meio de algum texto, ao ponto que as manifestações do uso verbal se dão através de textos, que são realizados através de gêneros por isso diz-se que nos comunicamos sempre por meio de gêneros.

Bakhtin nos faz lembrar que estamos submetidos a muitos gêneros, ou seja, eles circulam na vida dos falantes diariamente, e que há uma difusão enorme de gêneros, e que há uma variedade enorme dele, mas nos lembra de também que apesar da variedade eles não são infinitos. Ao modo que não quando dominamos um gênero textual, não dominamos uma forma linguística, mas sim uma forma de realizar objetivos específicos. Como afirma Bronckart a apropriação dos gêneros é um mecanismo fundamental de socialização, visto que sempre nos comunicamos por meio deles.

O que seria gênero textual? A que se refere? Os gêneros textuais referem-se aos textos de uso mais recorrente, ou seja, são gêneros utilizados no cotidiano. Alguns exemplos de gêneros textuais poderiam ser assim definidos como um simples telefone que é utilizado para se comunicar por meio de ação verbal e que é um gênero. Ou sermão que é realizado pelo padre na igreja que também é uma forma de comunicação, onde é o gênero escrita, ainda existe muito mais gêneros textuais que utilizamos, os gêneros então inserido na vida do homem d como um todo, existe sim um gênero para situação ex: uma piada tem a função de fazer com que as pessoas riem um romance, uma bula de remédio um inquérito policial etc.

Como bem afirma Bakhtin, o domínio discursivo constitui uma esfera social humana, ou seja, a classificação indica instâncias discursivas no caso de um discurso jornalístico, jurídico, religioso entre outros não abrange somente um gênero em particular, o que na verdade acontece é o surgimento a vários deles, tendo em vista que os gêneros são institucionalmente marcados. Dentro dos gêneros encontram-se as sequencias tipológicas que podem ser de origem: descritiva, injuntiva, expositiva narrativa argumentativa. As variedades das sequências tipológicas presente nos gêneros são.

Como bem afirma Bakhtin, o domínio discursivo constitui uma esfera social humana, ou seja, a classificação indica instâncias discursivas no caso de um discurso jornalístico, jurídico, religioso entre outros não abrange somente um gênero em particular, o que na verdade acontece é o surgimento a vários deles, tendo em vista que os gêneros são institucionalmente marcados. Dentro dos gêneros encontram-se as sequencias tipológicas que podem ser de origem: descritiva, injuntiva, expositiva narrativa argumentativa, esses são exemplos que podem ser encontrado numa carta pessoal. As variedades das sequências tipológicas presentes nos gêneros são bem numerosas.

Exemplos de Tipologias:

Jornais escritos em que predomina a tipologia narrativa, assim como o argumentativo também quanto aparece um artigo de opinião. Além de ser também um suporte textual, ou seja, neles aparecem outros tipos de textos e nesses textos outras tipologias. Outro exemplo, uma conversa ao telefone, onde pode haver a narração quando alguém conta uma história, um fato ao tempo que pode também fazer uso da descrição ao descrever fatos, lugares, pessoas dentro da narração. Debates seminários, com a predominância expositiva onde os indivíduos expõem seus pontos e por meio da narração e argumentação. Conto com a predominância narrativa. Bula de remédio onde a predominância maior é a explicativa por se tratar de uma explicação algo bastante sobre bastante sério entre amigos, carta pessoal, ofício, com função injuntiva conversa ao telefone. Novela romance, ambos com funções narrativas são também são exemplos de tipologias

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

MARCUSCHI, L. Antônio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola 2008.

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