Isto não é problema meu.

Os acontecimentos na vida política brasileira são, para não dizer trágicos, cômicos. O povo é tão ludibriado, que vende seu voto, acreditando que o candidato é um ser maravilhoso. Isso se denomina como o “escambo” político-partidário; em troca de seu poder em nossas mãos, te daremos uma camiseta e um boné, nada mais justo, afinal, o que é um voto?

Voto: é o momento em cada eleitor manifesta sua vontade em um ato de cidadania. Então, podemos constatar que a culpa pelo Brasil estar nessa crise é exclusivamente nossa. Escolhemos os nossos representantes para compor o time que decidirá o nosso futuro cível. No entanto, estamos decidindo quem vão ser os próximos a serem interrogados pelas CPI’s. Engraçado, não se sabia desse cargo, inclusive remunerado pela lavagem de dinheiro público.

Além disso, nem ao menos nos preocupamos com os acontecimentos no Planalto (e no Piratini). Mantemo-nos longe de tais assuntos, pois falar de política é sempre chato. Temos a capacidade de dizer que não é problema nosso e ainda reclamamos quando vamos ao pleito. O que fazemos quando um filho nosso rouba algo de um amiguinho? Castigamos. Por que não o fizemos com os “mensaleiros” recusando-os nosso voto? Por que ainda insistimos em votar nessas pessoas? A resposta: a falta de informação, o desinteresse de pessoas “cultas” e a “maquiagem” da mídia.

Enquanto não houver conscientização de que tudo o que é público é nosso e não do governo, seremos levados por qualquer vento falso democrata. Começa por nós; somos possuidores de direitos, mas antes de tudo, de deveres. Portanto, devemos ser mais críticos em relação à política. Que possamos deixar de ser meninos inconstantes e que passemos a fazer com que nossas mentes não sejam mais sugestionáveis.

Gisa Bandeira
Enviado por Gisa Bandeira em 23/07/2007
Reeditado em 23/07/2007
Código do texto: T576966