A inclusão social do deficiente físico em questão no Brasil

A inclusão social de deficientes apresenta-se ainda como um desafio para a nação brasileira. Há neste país um contingente significativo de cidadãos que sofre diariamente com falta de infraestrutura adequada, comprometendo o seu direito de ir e vir. Seja pela discriminação ou pela fragilidade no cumprimento das leis, essas pessoas também são desprivilegiadas de exercerem suas potencialidades. A verdadeira inclusão é a conquista da autonomia, que se observa pelo exercício de uma atividade remunerada e a independência nas atividades cotidianas.

Essa autonomia é galgada através de reformas estruturais e educacionais. Está pendente no Brasil o problema da educação básica, fato que desperdiça talentos e atravanca o desenvolvimento do país. A situação dos deficientes nas escolas é ainda pior. Uma vez que se vivencia na rede pública, o problema de preenchimento de vagas para professores, a garantia de profissionais para apoiar pessoas com necessidades especiais apresenta- se como um agravante dessa situação. As reformas estruturais dizem respeito à mobilidade, providenciando rampas de acesso, aparatos e ônibus adaptados para a entrada de cadeirantes. Nesse sentido, a Lei Brasileira de inclusão, que entrou em vigor no ano de 2016, busca promover uma cultura de inclusão, ao estabelecer uma série de medidas a serem respeitadas publicamente.

Outro fator que limita as pessoas com deficiência são as visões preconceituosas, as quais associam deficiência com incapacidade. Assim como o estudioso florentino Nicolau Maquiavel afirmou, os preconceitos têm raízes mais profundas que os princípios. Durante uma entrevista, o físico Stephen Hawking formulou a seguinte frase: “Não seja deficiente em seu espírito, como você é fisicamente”. Mesmo sem conseguir mover o corpo, Hawking prosseguiu com sua carreira científica, e hoje ocupa a cátedra que um dia pertenceu a Isaac Newton. Ele deixou uma valiosa lição ao passo que contribuiu para popularizar a ciência, a partir de uma linguagem de maior adesão popular, inserindo pessoas no mundo científico. Esse esforço de promover condições semelhantes a todos deve ser respeitado nos diversos setores sociais, como no esporte e na viabilização para o mercado de trabalho.

O caminho para uma sociedade justa começa com a educação. As escolas não devem se recusar a acolher as diferenças, caso contrário, devem ser punidas. Prestigiar a Lei brasileira de Inclusão e promover medidas inovadoras, como residências inclusivas, é papel de cada município. Além disso, a ciência deve estar a serviço da população, ao desenvolver procedimentos modernos que tragam praticidade na vida dos cidadãos com algum tipo de impedimento a longo prazo.

Bruna Larocca
Enviado por Bruna Larocca em 05/02/2017
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