O álcool que vai viciar os Estados Unidos

Há muito pouco, presenciamos o transtorno ocorrido na vida cotidiana de São Paulo originada pela vinda do presidente norte-americano George W. Bush. A visita teve como objetivo negociar possíveis acordos referentes à produção de etanol no Brasil. O álcool retirado da cana-de-açúcar é uma das técnicas mais avançadas em vista atualmente mas, infelizmente seu cultivo ainda dispõe de uma mão-de-obra retrógada extremamente sacrificante.

O Brasil possui uma vantagem de 30 anos nos estudos e retirada do álcool originado da cana-de-açúcar. Nossas condições de solo e clima são ideais para o plantio, nos tornando assim o segundo maior produtor mundial. Como não possuem mais áreas para o plantio do milho, que também é uma fonte de combustível, os Estados Unidos cogitam parcerias na produção com o Brasil, fazendo haver uma explosão no aumento de lavouras canavieiras.

Aumentando a produção, automaticamente aumenta-se a mão-de-obra. Os trabalhadores dos canaviais acabam por sofrerem conseqüências graves originadas da rotina exaustiva de trabalho. As cinzas da primeira queima mal apagaram e os homens já se fazem presentes com facões nas mãos. Muitos contraem intoxicação pela fumaça, cortes profundos pelo corpo dados por folhas e pelas próprias ferramentas de trabalho. Alguns não suportam a exaustão e terminam em óbitos e o mais preocupante; eles são cada vez mais jovens.

Tendo em vista a martirizante e prejudicial vida que levam esses homens, a parceria deveria ser estabelecida em um acordo favorável para ambos os países. Os Estados Unidos é dotado de grande capital para investimentos, podendo assim aplicar sua economia em maquinários de corte e produção, industrializando a lavoura canavieira. O Brasil, por sua vez, amplia seu território de cultivo cedendo empregos dignos a trabalhadores rurais.

Portanto, a relação comercial deve ser estabelecida sobre conceitos humanos e econômicos. Sendo assim, a produção do etanol representaria mais um passo positivo para posição de emergente da qual o Brasil ocupa atualmente.

Li Porfirio

Li Porfirio
Enviado por Li Porfirio em 04/08/2007
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