Utopia: atalho para a concretização

Segundo Marx, é utópico acreditar no alcance de uma sociedade que se baseie na justiça e na igualdade dos direitos de todos. Não pode-se negar que infelizmente trata-se de uma utopia, porém, esta é essencial para que se atinja o desejado. A descrença é precursora da falta de motivação, e conseqüentemente do fracasso.

Mediante aos valores e fatos indesejáveis que se fazem presentes atualmente, é uma tarefa árdua acreditar em uma possível melhora. As situações que ocorrem diariamente só servem como requisitos para reforçar a proliferação do ceticismo, principalmente entre os jovens, futura população economicamente ativa do país.

O fato supracitado torna-se cada vez mais compreensível à medida que notícias ruins inundam o nosso conhecimento; porém, a manutenção deste pensamento pelos jovens só contribui para que efetivamente nada seja alterado, e a tendência a uma crescente piora aumenta proporcionalmente ao número de jovens desistentes de tomar alguma atitude, e, como diz o provérbio: " Uma andorinha só não faz verão".

Descrença, ceticismo, conformismo e inércia caminham lado a lado no cenário da juventude brasileira, e este quadro só tende a se agravar com o passar dos anos. A utopia pode ser ilusória, mas em sua ausência, o progresso torna-se essencialmente inatingível.