Adeus, Presente.

O homem vive a ilusão de ter poder sobre o tempo, mas na verdade, é o tempo que determina nosso cotidiano e conquistas diárias, e constitui um enigma para o homem quando este tenta vencê-lo.

Ninguém sabe ao certo quanto tempo lhe resta, entretanto, muitos ignoram este fato e postergam a realização de coisas que deveriam ser inadiáveis. Isto contribui para que se acumulem pendências difíceis de serem cumpridas posteriormente.

Na verdade, este "esquecimento" da efemeridade da vida por parte do ser humano traduz o seu desejo de permanecer eternamente jovem para ultrapassar os obstáculos que o próprio tempo lhe proporciona. Outro fato a destacar é que há pessoas que comportam-se de maneira inversa àquelas que ignoram o passar dos anos. Elas alimentam o medo de estarem vivendo seus últimos momentos e aproveitam a vida inconseqüentemente.

Finalmente, uma das maiores dificuldades de todos é alcançar o meio-termo. No caso apresentado seria o ideal, já que a questão do tempo é paradoxal: Nos impõe a não-realização de muitas coisas, ao mesmo tempo que nos move a tomar atitudes inpensadas com o intuito de abstrair a culpa de não o estarmos aproveitando adequadamente.

Thaísa Águia
Enviado por Thaísa Águia em 07/08/2007
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